Aditivos: a serviço da aquicultura
Aquicultura

Aditivos: a serviço da aquicultura

Especial Suplemento de Tecnologia para Aquicultura traz a visão de fornecedores e estudiosos do tema

29 de março de 2022

A rápida expansão da aquicultura mundial estimulou um forte ritmo de inovações em todos os âmbitos da atividade nos últimos anos. O reflexo no Brasil também foi claro, como ilustra o professor Wagner Valenti. “A aquicultura brasileira passou por diversas mudanças tecnológicas em diferentes elementos da cadeia produtiva, aprimorando as estratégias de genética, nutrição, biossegurança, gestão financeira e produtiva, e de marketing.”
 
Segundo ele, algumas dessas melhorias vieram da integração e colaboração de empresas brasileiras com estrangeiras. “Essa troca e atualização tecnológica depende de uma tecnologia incremental que certamente é importante para conduzir à aquicultura 4.0. Porém, precisamos de tecnologias disruptivas para aproveitar o nosso potencial de produção de organismos aquáticos e gerar uma verdadeira revolução azul”, acrescenta.
 
Na esteira de outras multinacionais que pareciam apenas esperar o despertar deste gigante aquícola que aos poucos o Brasil se torna, a Indukern também desembarcou no setor. De origem espanhola, a empresa integra um dos maiores grupos distribuidores de especialidades químicas do mundo. No Brasil, a empresa iniciou sua operação em 1996 e hoje foca em nutrição e saúde animal, além dos ramos alimentício, matérias-primas farmacêuticas, químicos, aromas e fragrâncias, petfood e premix.
 
É da sede em Jundiaí (SP) e de outros seis centros de distribuição no Brasil (RS, SC, PR, SP, PE e CE) que a empresa distribui aminoácidos industriais como lisina, metionina, treonina, triptofano e valina. A linha inclui ainda produtos voltados para maximizar a produtividade, como: complexos enzimáticos, aditivos fitogênicos, óleos funcionais, ingredientes proteicos, nutrientes funcionais, pigmentantes, além de uma ampla gama de vitaminas e minerais.
 
A nova divisão Aqua, lançada oficialmente em 2022, tem o objetivo de consolidar a empresa como fonte de soluções para desafios sanitários, maior sobrevivência e melhores resultados zootécnicos. Para tanto, contratou a executiva Daniela Nomura Varandas como coordenadora comercial para a área. Mestre em patologia de organismos aquáticos, ela acompanha há anos os desafios sanitários do segmento. “Talvez a aquicultura brasileira, por ter sofrido com o surgimento de doenças muito impactantes que causaram muitos prejuízos econômicos, como foi a Francisella, Streptococcus, mancha branca, entre outras é que atualmente, o uso de aditivos imunoestimulantes, antioxidantes e vacinas que previnem as diversas enfermidades são amplamente utilizados.”
 
Apesar da evolução recente, Paulo Rocha, diretor da AlliPlus, ainda enxerga uma distância cultural e comportamental entre a aquicultura brasileira e os líderes globais do setor que prejudica o amadurecimento da atividade. “No Equador, onde estive recentemente e pude comercializar nossos produtos, falar da forma mais transparente possível com o produtor é o que está em voga”, destaca.
 
Ele lamenta a estratégia de alguns fornecedores locais de usar um discurso de difícil compreensão aos produtores nacionais, de forma que eles comprem produtos sem saber exatamente com que finalidade. “Continuamos nos esforçando mais e mais para estar ao lado do produtor, transmitindo informação clara, simples e transparente, para que ele saiba os benefícios dos produtos que está comprando e para que seja um negócio viável para ambas as partes”, adverte.
 
Especial Suplemento de Tecnologia para Aquicultura traz a visão de fornecedores e estudiosos do tema, com enfoque em alguns dos conceitos da indústria 4.0 e pode ser lido na Seafood Brasil #42 que está disponível aqui.
 
Créditos: Divulgação

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