Nesp quer trazer permissionários do Pátio do Pescado da Ceagesp, mas abrirá a outras empresas

Nesp quer trazer permissionários do Pátio do Pescado da Ceagesp, mas abrirá a outras empresas

Pátio do Pescado foi construído em 1969 e movimenta 200 tonelasas diárias

09 de fevereiro de 2017

O maior mercado atacadista de pescado do Brasil pode ganhar um concorrente de peso, caso os planos da diretoria do Novo Entreposto de São Paulo (Nesp) se tornem realidade. Em entrevista exclusiva à Seafood Brasil, o presidente do Nesp, Sergio Benassi, confirmou o projeto de construir uma praça de pescado para funcionar como alternativa à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Ele concorda com as críticas de usuários do atual Pátio de Pescado da Ceagesp. “Com certeza o NESP oferecerá uma estrutura melhor, moderna e equipada, que atenda às exigências sanitárias e de eficiência.” Para tanto, Benassi garante que o desenvolvimento do projeto considera pesquisas de mercados modernos, que aliam construção à tecnologia, tanto de armazenamento quanto de logística e gestão.

[caption id="attachment_8881" align="alignleft" width="200"]Sergio Benassi, presidente do Nesp Sergio Benassi, presidente do Nesp[/caption]

Atualmente, de acordo com Benassi, a Ceagesp não consegue atender todas as demandas necessárias. “São mais de 20 mil funcionários, 14 mil caminhões por dia, em um mercado inaugurado na década de 60, que não passou por modernizações nestes anos.”. No caso do Pátio do Pescado, fundado em 1969, 800 permissionários, funcionários e carregadores autônomos trabalham nos 27 mil m² de área. São vendidos ali diariamente em torno de 200 toneladas de pescado.

O Nesp pretende oferecer uma estrutura total de 1,6 milhão de m², dentro de um Polo de Abastecimento com mais de 4 milhões de m². “Todo o formato, logística, instalações e estrutura foram planejados com base nos principais mercados de entreposto do mundo, como Rungis, em Paris e Mercabarna, em Barcelona”.

O empreendimento será instalado em terreno no bairro de Perus, zona Norte de São Paulo, mas ainda depende de autorizações concedidas pelo governo do Estado – em reunião com os diretores, o governador Geraldo Alckmin sinalizou recentemente apoio ao projeto. A entrega do mercado está prevista para 2020, mas em 2017 serão trabalhados todos os aspectos referentes ao projeto e autorizações de acesso por meio do governo do Estado.

O objetivo da diretoria é que ele finalmente substitua a Ceagesp, mas para isso precisa contar com a vontade e apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, a quem pertence o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP).
Localizacao NESP

Resistência dos "peixeiros"

Segundo ele, o Nesp surgiu da iniciativa de alguns permissionários insatisfeitos com a estrutura que a Ceagesp oferece. “Queremos que os permissionários venham em bloco para o Novo Entreposto, que será um local adequado para continuar comercializando os produtos, tendo sido planejado para atender toda a demanda e dar aos clientes o conforto que eles merecem – além de manter o valor do negócio.”

Quem opera na Ceagesp poderá adquirir ou locar um espaço para comercialização na Nesp, mas não está fácil convencer os permissionários, reconhece Benassi. “Conversamos com alguns permissionários da Ceagesp do setor de pescado e houve uma certa resistência. Por outro lado, algumas empresas do setor que não estão dentro da Ceagesp demonstraram muito interesse em ter um espaço para comercializar seus produtos no NESP.”

O empresário explica que, apesar deste interesse, no primeiro momento a exclusividade é dos permissionários da Ceagesp. “Nesta fase estamos cadastrando as empresas interessadas para chamá-las tão logo esta exclusividade esteja encerrada.”

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