Nova certificação deve impulsionar exportações da Fider Pescado
Aquicultura

Nova certificação deve impulsionar exportações da Fider Pescado

Empresa produz cerca de 10 mil toneladas de tilápia por ano e cerca de 10% desse total é exportado para sete países

06 de outubro de 2022

Recentemente a Fider Pescados anunciou a conquista da certificação do Aquaculture Stewardship Council (ASC), concedido às fazendas de peixes de cultivo comprovadamente ambiental e socialmente responsáveis. Com o novo selo, a empresa que já possui a certificação Best Aquaculture Pratices (BAP), deve ganhar ainda mais impulso para suas exportações de pescado.
 
"A certificação ASC é mais um passo do compromisso do grupo MCassab com os pilares ESG apontados em nosso relatório de sustentabilidade. Essa certificação é um reconhecimento ao trabalho intenso da Fider Pescados desde sua origem nas esferas social, ambiental e de governança”, fala Juliano Kubitza, gerente responsável pela Fider Pescados. 
 
Conforme ele, a ASC possibilita a abertura de importantes portas em mercados internacionais altamente exigentes. “Muitos dos quais exigem essa certificação para entrada", destaca.
 
Atualmente, a Fider produz cerca de 10 mil toneladas de tilápia por ano. Na forma de filé fresco e congelado, escamas e pele, cerca de 10% desse total é exportado para sete países: Canadá, Taiwan, Venezuela, Bangladesh, Sri Lanka, Indonésia e Estados Unidos.
 
Aos EUA, aliás, Kubitza destaca a agilidade no processo de exportação. “Esse produto diferenciado sai da Fider diretamente para a mesa de milhares de norte-americanos em apenas 24 horas”.
 
“Além de grande, o mercado dos EUA é extremamente exigente. Ou seja, só estamos lá porque nossa tilápia é de alta qualidade. Além disso, há a agilidade logística, com diferentes rotas aéreas de São Paulo para aquele país. Esta é uma vantagem que nossos concorrentes asiáticos, como a China, não têm devido à distância, apesar de ter preço mais competitivo que o nosso", completa o  gerente.
 
Entraves
 
O gerente da Fider ainda destaca os principais entraves enfrentados nas exportações da tilápia. "A tilápia brasileira é de alto padrão, trabalhamos com boas práticas e somos reconhecidos por essa qualidade pelos importadores. Porém, enfrentamos pesados custos de produção e logística, que têm dificultado a conquista de novos mercados internacionais", pontua Kubitza. 
 
Logo, para ele, o Brasil poderia concorrer em igualdade com Colômbia e Costa Rica, outros importantes fornecedores do mercado norte-americano. "Porém, nós pagamos mais que o dobro do frete por quilo", comenta. "O explosivo aumento dos fretes foi provocado pela instabilidade econômica causada pela pandemia. Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia elevou consideravelmente os preços das commodities e do petróleo, pressionando ainda mais os custos de produção". 
 
Porém, destaca Kubitza, esses problemas não explicam porque a tilápia da China, mesmo pagando taxa de 25%, entra no mercado norte-americano mais barata que a nossa. "Os EUA representam um mercado fantástico. Se tivéssemos custo adequado, poderíamos conquistar percentual maior, principalmente de filé fresco, contribuindo para fortalecer ainda mais a piscicultura brasileira, que já é a quarta maior em tilápia no mundo". 
 
Certificação ASC
 
A recente certificação ASC conquistada pela Fider tem importância para diversas questões, como:
 
Biodiversidade – As fazendas com o selo ASC são reconhecidas por minimizar os impactos no ecossistema local de várias maneiras, como o desenvolvimento e a implementação de avaliação de impacto ambiental. "Somos reconhecidos também por trabalhar para proteger a bacia hidrográfica receptora, inclusive com medidas confiáveis para evitar incidentes letais com espécies ameaçadas de extinção. As fugas de peixes também são minimizadas e contamos com dispositivos para recaptura.
 
Redução da poluição – As empresas certificadas emitem vários parâmetros de análise de água (nitrogênio, fósforo, níveis de oxigênio e outros) em intervalos regulares e permanecem dentro dos limites estabelecidos. É a confirmação de que a qualidade da água não é afetada.
 
Prevenção de doenças – Comprovação de que são minimizados os eventuais surtos sanitários por meio de supervisão de um veterinário, plano de biossegurança e proibição do uso de medicamentos antes do diagnóstico da doença (uso profilático).
 
"Outro destaque da certificação ASC é a responsabilidade ambiental e social. Fazendas certificadas garantem a rastreabilidade total do cultivo de peises e impõe requisitos rigorosos com base nos princípios fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que incluem proibição do uso do trabalho infantil ou qualquer forma de trabalho análogo à escravidão", informa Juliano Kubitza.
 
Além disso, as fazendas certificadas são ambientes de trabalho seguros e equitativos, nos quais os funcionários ganham salários dignos e têm horários de trabalho regulamentados.
 
"Com a certificação ASC a Fider passa a fazer parte de um seleto grupo de empresas de peixes de cultivo que têm suas práticas ESG devidamente reconhecidas por um organismo internacional extremamente confiável. Por outro lado, reforça os nossos valores de ser uma empresa cada vez mais engajada em causas sociais e ambientais", finaliza Juliano.
 
Créditos: Fider/Divulgação
 

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