Peru dispara na pauta brasileira de importações com filés
Vietnã e Argentina caem, mas Peru e China são únicos que surfam na onda de queda da demanda por filés de pescado no Brasil
09 de julho de 2015
Enquanto o Vietnã tem queda vertiginosa e a Argentina não consegue suprir o mercado por deficiências internas de produção, o Peru e a China são duas exceções na onda de queda da demanda por filés de pescado no Brasil. O volume total de filés importados pelo Brasil caiu 21,8% entre janeiro e maio de 2015, de 80,2 mil toneladas importadas em 2014 para 62,7 mil toneladas no mesmo período do ano passado.
Na comparação janeiro a maio deste ano com 2014, os últimos dados disponíveis no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC, o Peru disparou 253% no volume exportado ao Brasil. Os dados de junho não estão disponíveis no sistema do MDIC, o AliceWeb, "em razão de problemas técnicos na atualização".
O crescimento se deu nos filés congelados, que saíram de um patamar de 838 toneladas para 1.556 toneladas em 2015. Se comparado aos volumes importados dos outros países, é muito pouco, mas como se viu na última Apas, o Brasil realmente volta a ser um destino interessante para os peruanos. Os andinos, somados aos chineses, taiwaneses, tailandeses e noruegueses, foram os únicos a incrementar exportações ao Brasil até maio de 2015, em um cenário de queda acentuada em outros parceiros.
No vácuo do Vietnã, a China embarcou 35,6 mil toneladas de filé congelado de polaca e outras espécies, faturando US$ 102,8 milhões com os importadores brasileiros. No mesmo período do ano passado, havia despachado ao País 26,8 mil toneladas por US$ 69,1 milhões. Como se vê, o preço médio subiu: de US$ 2,57 para US$ 2,88 em 2015.
Veja abaixo a tabela completa.
Leia mais estatísticas do setor, da produção à comercialização, no 1º Anuário Seafood Brasil, cuja distribuição será em agosto.
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