Quaresma e Semana Santa impulsionam setor pesqueiro
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Quaresma e Semana Santa impulsionam setor pesqueiro

Apesar de desafios antigos persistirem - e novos aparecerem -, a visão positiva vai da produção à comercialização

25 de março de 2024

O setor pesqueiro se preparou para a Quaresma e Semana Santa de 2024 com otimismo em alta. Apesar de desafios antigos persistirem - e novos aparecerem -, a visão positiva vai da produção à comercialização e se mantém ainda ao longo deste novo ano.
 
Em fevereiro, quando foi feita essa apuração e a poucos dias do início da Quaresma no País, entre os produtores, a certeza era que o setor se manterá aquecido, como frisa Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR). Ele lembra que atualmente no Brasil, há dois grandes grupos de peixes da aquicultura: a tilápia e os nativos, que em muitas situações, se comportam de forma distintas. Segundo ele, a tilápia não teve uma queda de vendas no período de dezembro como observado em anos anteriores - ou seja, o mercado continuou aquecido e permanece até o momento. “Teremos então um mercado cuja oferta não é superior aos meses anteriores e, muitos contratos de venda da Quaresma que já estão feitos, se manterão aquecidos no mercado”, diz.
 
Já em relação aos peixes nativos, em função do comportamento da produção que neste começo de ano está menor, Medeiros estima uma semana com uma menor oferta do que aquela observada em 2023, o que pode significar um preço maior do peixe no período.
 
Para Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), a expectativa de produção e vendas da Quaresma também era otimista, sobretudo pelo fato de que os preços praticados na porteira da fazenda nas primeiras semanas do mês de janeiro de 2024 cresceram 10%. “Com destaque para o camarão com gramatura superior a 25 gramas, que diferentemente de anos anteriores, está com demanda aquecida, inclusive com ofertas de preços até superiores à tabela básica de 10 g, o que aponta claramente para um crescimento da produção”, analisa.
 
Já para o pescado oriundo da pesca, Agnaldo Hilton dos Santos, presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) comentou que, embora seja desafiador prever a produção a curto prazo devido às variáveis ambientais e climáticas, do ponto de vista econômico, a expectativa era bastante positiva. “O aumento de consumo de pescado neste período do ano favorece a comercialização e incrementa a renda tanto de pescadores, quanto de armadores”, fala.
 
Assim, a preparação dos pescadores para a época de incremento também considera o tripé da atividade entre indústria, armadores e pescadores. “A atividade depende deste conjunto e de que cada uma destas partes esteja firme. A qualificação da mão de obra é um desafio e uma meta constante”, lembra. 
 
Para Jairo Gund, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), ainda que o setor de pescado nacional não esteja recuperado das interações com as crises globais, o cenário também era otimista em relação à indústria durante o período deste ano. “Temos percebido ano a ano uma suavização da curva do pico de Quaresma das grandes vendas e no pós-Quaresma com uma retração abrupta. Percebe-se então uma gradativa estabilização na sazonalidade de consumo anual, o que demonstra que o consumidor está mais aculturado no hábito de consumo de pescado durante o ano todo”, analisa.
 
Do lado dos exportadores, o presidente da Associação Brasileira de Pescados (Abrapes), Júlio César Antonio, projetava um horizonte animador para o mercado de importação de pescado durante a Quaresma e a Semana Santa deste ano. Essa certeza considera as tendências recentes e o apetite crescente dos consumidores por opções mais saudáveis e o salto do consumo durante esses períodos religiosos. Assim, a expectativa é de um aumento significativo nas importações, estimado entre 15% e 20% em comparação com o ano anterior. “Além disso, há uma maior oferta de pescados no mercado com investimentos da cadeia varejista em ações nos pontos de venda”, completa.
 
Esta matéria faz parte da seção Marketing & Investimento disponível #52 revista Seafood Brasil. Clique aqui e leia o texto na íntegra.
 
Créditos da imagem: Canva
 
 

 
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