Setor aumenta lucratividade e começa a ensaiar recuperação
Food Service

Setor aumenta lucratividade e começa a ensaiar recuperação

88% dos operadores estão com faturamento igual ou superior no 1º semestre de 2023 ante 2022

02 de outubro de 2023

O setor de refeições fora de casa (bares, restaurantes, cafés, lanchonetes e toda a cadeia de foodservice) segue em recuperação, com a queda do endividamento e maior lucratividade dos operadores, mas ainda enfrenta desafios como a inflação, falta de mão-de-obra qualificada para atuar no setor, além das dificuldades na realização de ações que visam atrair clientes para manter e/ou registrar um crescimento nas vendas. Isso é o que mostra a nova pesquisa intitulada “Pesquisa Alimentação Hoje: a visão dos operadores de foodservice”, realizada pela ANR (Associação Nacional de Restaurantes), Galunion - consultoria especializada no mercado foodservice e ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos).
 
“A nova edição da pesquisa evidencia quais serão os principais desafios para os negócios que atuam no setor. Percebemos que houve uma diminuição em relação à pressão ligada a temas de inflação e aumentou em temas ligados à falta de gente qualificada. Mesmo em queda, passando de 74% para 58% se compararmos com a pesquisa anterior feita em dezembro de 2022, a inflação geral ainda é uma das principais preocupações para o ano. Em seguida, outro desafio apontado, dessa vez para 50% dos ouvidos, permeia em questões sobre atrair clientes e manter ou crescer as vendas, com o mesmo percentual da última edição. Por fim, a falta de mão-de-obra qualificada é uma questão que vem aumentando consideravelmente ano a ano, já que em 2022 essa era a preocupação de apenas 29%, sendo que agora passou a ser um desafio para 49%”, revela a fundadora e CEO da Galunion, Simone Galante.
 
"Importante constatar que os negócios estão reagindo; vemos o ano de 2023 melhor do que outros, porém o momento ainda é de cautela para empreendedores do foodservice brasileiro. Em 2022, enfrentamos um cenário de aumento expressivo da inflação nos alimentos, o que foi contido pelos restaurantes, que não repassaram integralmente a alta ao consumidor. Esse processo acabou achatando as margens de lucro de um segmento que ainda estava lidando com os custos da pandemia. Hoje ainda um terço dos estabelecimentos têm passivos expressivos e operam no prejuízo. Portanto, agora é chegado o momento em que é preciso encontrar o equilíbrio financeiro dos negócios e atenuar os danos causados pelos tempos difíceis", destaca Fernando Blower, diretor executivo da ANR.
 

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A pesquisa realizada entre os dias 14 de julho e 16 de agosto de 2023 teve 680 respondentes, que representam 24.553 pontos de vendas, sendo 49% do Sudeste e 61% das capitais. As principais formas de abastecimento são compra direta da indústria (57%), compra em atacados e cash&carry (41%), distribuidores especializados em foodservice (39%) e produtos artesanais (34%).
 
No fechamento do primeiro semestre, 65% tiveram lucro e 28% ainda possuem dívidas. Um dado relevante mostra que 88% dos respondentes indicaram possuir faturamento igual ou superior no 1º semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, e apenas 12% relataram faturamento inferior. Ainda com base na saúde financeira dos negócios, 65% acreditam que 2023 será um ano financeiramente melhor do que foi 2022 e 20% acreditam que será similar ao ano passado.
 
O foodservice segue desempenhando um papel importante nas vendas da indústria de alimentos no mercado interno. Levantamentos da ABIA dão conta de que, em 2022, os operadores do setor de refeições fora de casa foram responsáveis pela compra de R$ 208 bilhões em produtos, um crescimento 10,2% em relação ao ano anterior. O desempenho foi impulsionado pelo retorno presencial dos consumidores aos estabelecimentos e pela continuidade da retomada da economia brasileira.
 
A projeção atual é de uma expansão entre 3% a 4% nas vendas reais da indústria para o food service, e a participação do canal nas vendas deverá superar 28%, resultado expressivo, porém ainda abaixo do patamar pré-pandemia, de 33%.

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