Em Brasília, Festival Tambaqui dá visibilidade ao peixe amazônico
Seis toneladas de tambaqui (o equivalente a 4 mil bandas) são assadas e distribuídas ao público.
07 de agosto de 2019
O I Festival Tambaqui da Amazônia acontece na tarde desta quarta-feira (7), na Esplanada dos Ministério, em Brasília. São seis toneladas de tambaqui (o equivalente a 4 mil bandas) assadas e distribuídas ao público.
O evento surgiu do "Churrasco de Tambaqui” em Ariquemes (RO), e é iniciativa da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura (SAP/Mapa), do governo de Rondônia e conta com o apoio do Sebrae. Já os peixes do festival foram doados pela Associação de Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar), Zaltana Pescados e Agrofish.
Em entrevista na terça-feira (6), o secretário da SAP, Jorge Seif Júnior, lembrou que a população nacional consome apenas 10 kg de pescado por ano, enquanto a média mundial está em 20 kg por ano. “O brasileiro precisa despertar para a qualidade do pescado brasileiro. Nós, enquanto nação, como País com maior quantidade de recursos hídricos do mundo, não podemos continuar sendo importadores de pescado. Precisamos incentivar a produção nacional, o consumo. As crianças brasileiras precisam conhecer o peixe brasileiro”, disse Seif Jr.
Já na noite do dia 6, o jantar de lançamento do Festival contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do governador de Rondônia, Marcos Rocha, outras autoridades e representantes do setor.
Conforme o Portal do Sebrae, o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa
falou que a criação do tambaqui em cativeiro representa um novo modelo de crescimento que o governo está implementando na Amazônia. “Estamos gerando emprego, em bases sustentáveis, como exemplo para o mundo”, comentou. Para ele, a piscicultura não é uma alternativa à zona franca de Manaus, mas uma ação complementar para o crescimento da região e proteção da Amazônia. “Proteção nossa e não de nenhuma potência estrangeira”, acrescentou.
Origem
Em maio deste ano, a Acripar em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Ariquemes (Acia) entrou para o RankBrasil pelo recorde de maior churrasco de peixe. Foram 3.304 bandas de tambaqui (aberto e sem espinhos) assadas, cerca de 2.233,6 kg.
De acordo com o presidente da Acripar, Francisco Hidalgo Farina (Paco), o "Churrasco de Tambaqui” que já foi realizado por três anos consecutivos ganhou visibilidade ao ser inserido no ranking Brasil 2019. Ele explica que a ideia do Festival em Brasília surgiu durante uma conversa com o governador de Rondônia, o secretário de Agricultura do Estado e o secretário da SAP.
"O objetivo do Festival é dar visibilidade e publicidade para este peixe produzido na Amazônia que tem um sabor incomparável. Temos a facilidade de fazer com que chegue à mesa do consumidor final com um preço competitivo no mercado, ou seja, a maioria da população pode ter acesso”, frisou Paco.
Conforme Paco, o setor produtivo de Rondônia está organizando a cadeia para que a produção aumente não apenas no Estado, mas em toda região. “Precisamos de mais visibilidade e com certeza absoluta não falamos só de Rondônia, ele [tambaqui] é um peixe presente em toda bacia amazônica, neste cenário queremos que Rondônia saia na frente, mas que os demais estados também produzam.”
Para o presidente da associação, a missão é fazer com que o tambaqui caia no gosto da população brasileira, e vê a popularização do peixe como um caminho para o mercado internacional. “É um grande mercado a ser alcançado, além de mais uma alternativa para o consumidor final com preço e qualidade”, finalizou.
Como participar
De acordo com o Mapa, o tambaqui começou a ser distribuído a partir das 12h, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, perto do bloco D (sede do Mapa). O peixe já assado é entregue em uma embalagem de papelão.
Para participar, o interessado precisava doar um quilo de alimento não perecível e receberá uma senha. O Mapa estima arrecadar 4 mil kg de alimentos, que serão doados a instituições de caridade.
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