Pescado em maio sofre deflação e contrasta com inflação geral
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Pescado em maio sofre deflação e contrasta com inflação geral

Entre as espécies analisadas pelo IBGE, a dourada se destacou com a maior queda, apresentando uma deflação de 11,21%

25 de junho de 2024

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Enquanto a inflação geral no Brasil apresentou aceleração em maio, alcançando 0,46%, o mercado de pescado registra uma deflação de 0,28%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a dinâmica de preços no setor de pescado contrastou com a pressão inflacionária vivida em outros segmentos da economia.
 
Queda do pescado
Em maio, a queda nos valores no mercado de pescado foi leve, mas notável. A variação acumulada no ano foi de 2,72%, enquanto nos últimos 12 meses, o acumulado foi de 2,45%. Esse comportamento dos preços dentro do setor se opõe à inflação geral que acumulou 3,93% nos últimos 12 meses.
 
Entre as espécies analisadas pelo IBGE, a dourada se destacou com a maior queda, apresentando uma deflação de 11,21%. Outras espécies que contribuíram significativamente para a deflação do mês foram o filhote, com uma queda de 4%, e a sardinha, que caiu 2,37%. No total, 10 das 12 espécies pesquisadas apresentaram deflação em maio.
 
Em contraste, algumas espécies registraram aumentos de preço. O curimatã teve a maior inflação, com um aumento de 5,41%, seguido pelo peroá (2,51%) e pelo tambaqui (1,74%). 
 
Inflação geral
 
O contraste se acentua quando observamos a inflação geral do País, que foi impulsionada principalmente pelos preços dos alimentos e bebidas, com alta de 0,62% em maio. A batata-inglesa, por exemplo, teve um aumento significativo de 20,61%. Outros alimentos que apresentaram altas expressivas foram a cebola (7,94%), o leite longa vida (5,36%) e o café moído (3,42%).
 
O gerente da pesquisa, André Almeida, observa que a mudança das safras é um dos fatores relacionados ao aumento do tubérculo. “Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, diz.
 
Mesmo com essas altas, o preço da alimentação no domicílio (0,66%) desacelerou ante abril (0,81%). Esse comportamento é explicado pelas variações negativas de alguns alimentos, como as frutas (-2,73%). “O principal alimento com queda em maio foram as bananas: a maior oferta da banana d’água pressionou os preços da prata, e as duas baixaram. Isso ajudou a segurar o aumento da alimentação no domicílio”, analisa André.
 
Créditos da imagem: Canva
 

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