A jornada de Frigo, narrador da Aquishow Brasil
Aquicultura

A jornada de Frigo, narrador da Aquishow Brasil

Frigo foi "Personagem" na Seafood Brasil #44

23 de agosto de 2022

A voz mais famosa da Aquishow Brasil não é da Marilsa Patrício Fernandes ou do Emerson Esteves. Quem dá os comunicados oficiais da organização no microfone do evento desde a primeira edição é Claudinei Cesar Frigo, ou apenas Frigo. O santafessulense (natural de Santa Fé do Sul - SP) tem pinta de roqueiro, mas nasceu e viveu em fazenda até a maioridade, quando então iniciou uma saga cinematográfica pelo Brasil todo.
 
Uma saga de contrastes. Aos 13, ele já dirigia um fusca dado pelo pai, mas não era bad boy - foi eleito o melhor aluno da escola Agnes Rondon Ribeiro e ganhou um estágio no Banco do Brasil. Aos 16, cabeludo, partia para as cidades vizinhas com sua trilha roqueira, mas mantinha amizades em  todas as tribos. Aos 18, foi morar em Limeira (SP) e passou na prova da Aeronáutica em Pirassununga (SP), mas trocou tudo por amor. Depois, trocou o amor e um emprego no Bradesco para ajudar o pai. “Foi a primeira e única vez que vi meu pai de cama”, lembra.
 
Como “não era homem de fazenda”, quando o pai melhorou, ele seguiu a Campinas (SP) para fazer, aos 19 anos, a prova da Polícia Militar. De 10 exames, reprovou na entrevista. Tentou novamente na capital paulista e novamente ficou na entrevista. “Vai ver que eu tinha cara de mau. Nem para Rota eu servia, eu acho”, debocha.
 
A experiência na cidade grande o atraiu e, com ela, amores, dois casamentos, faculdade e uma grande experiência profissional. 
 
De um comércio na Rua Direita (Centro), tornou-se o chefe de marketing e CPD (informática) de um escritório de advocacia, onde ficou por quatro anos. Inquieto, procurou e achou nos classificados uma vaga na multinacional de auditoria Coopers & Lybrand (hoje, parte da Price Waterhouse Coopers). No contraturno, arranjou um emprego de digitador na Credicard que o deixava 5 horas de sono
por dia. Com tanto esforço, aos 25 anos, vivia um período de prosperidade. Um ano depois, nascia a primeira filha com a primeira esposa. Os pais já haviam saído da fazenda e moravam na zona urbana de Santa Fé do Sul, quando uma tragédia se abateu sobre a família: a irmã de Frigo, Silmara, foi assassinada por um ex-companheiro que a perseguia.
 
Ao ver a mãe definhar de depressão, Frigo fez da vingança sua motivação para viver e foi deixando tudo para trás: empregos, o casamento, São Paulo. De volta a Santa Fé, em 1999, acompanhou a morte da mãe de câncer e um novo casamento do pai ao qual ele se opunha na época, enquanto tentava se reconstruir. Inspirado pelo universo motociclista que ele já conhecia e gostava, montou uma moto Chopper e passou a viajar o Brasil para motofests. Em um deles, em 2004, um locutor lhe emprestou o microfone e ele sentiu ali mesmo brotar uma nova vocação.
 
Convertido em locutor, superou uma depressão aguda, deixou a vingança de lado, e renasceu como Frigo, autointitulado “um dos melhores locutores automobilísticos do Brasil” com direito a tatuagem no braço com seu sobrenome. Juntou as paixões e começou a realizar eventos de toda sorte, primeiro em Santa Fé, depois em várias cidades de dentro e fora do Estado.
 
“Hoje, eu sou o cara que faz o calendário de eventos motociclísticos e de carros antigos de cinco Estados.” Entrou para a política apoiando diversos candidatos de situação e oposição, foi conselheiro tutelar, começou a fazer inaugurações de loja - “eu sou muito bom nisso”, gaba-se.
 
Em 2009, assumiu o microfone  da Aquishow, onde não se cansa de estender a mão para ajudar expositores, visitantes e parceiros. “A Aquishow é um evento que eu adoro, conheço pessoas maravilhosas a cada ano e tenho prazer em trabalhar com a Marilsa e o Emerson. Eles fazem muito bem o evento, sempre querendo aprimorar.” Aos 52 anos, recém-saído de um terceiro casamento que durou 9 anos, com 4 filhos, ele reconhece a vida intensa, mas diz que não sabe viver de outro jeito. “Não tem como parar. Eu vivo, irmão. Eu vivo”, conclui. 
 
A matéria está disponível em "Personagem", na Seafood Brasil #44. Clique aqui para ler.
 
 
Créditos: Divulgação

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