Abras indica que Consumo nos Lares Brasileiros subiu 1% em agosto
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Abras indica que Consumo nos Lares Brasileiros subiu 1% em agosto

Resultado teve influência por segunda queda consecutiva nos preços dos alimentos e bebidas para consumo no domicílio

03 de outubro de 2024

De acordo com o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), com o encerramento em alta acumulada em agosto de 2,54%, o Consumo nos Lares Brasileiros atingiu a projeção do setor de crescimento de 2,50%. Sendo assim, em resumo, no mês em questão, o indicador acabou registrando uma alta de 1% se comparado a julho.

Todos os números sendo puxados pela segunda queda consecutiva nos preços dos alimentos e bebidas para consumo no domicílio - ainda em agosto, o recuo da inflação nesse grupo foi de -0,73%, em julho de -1,51%. Dentro deste contexto, também é importante destacar que contribuíram para a alta do indicador a sazonalidade do consumo nos Dia dos Pais e o efeito-calendário (no caso, foram cinco finais de semana e quatro em julho).

Segundo o monitoramento, em síntese, se compararmos os números de agosto deste ano com o mesmo mês de 2023, a alta é de 1,16%.

“O recuo da inflação no grupo de alimentos e bebidas tem favorecido o consumo em domicílio, assim como o crescimento gradual do emprego formal e as transferências de recursos dos programas sociais do governo federal”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Panorama no cenário macroeconômico

Segundo a Abras, a queda na taxa de desemprego e a melhora da renda real do trabalhador contribuíram para o resultado do indicador quando o cenário analisado é o macroeconômico – veja mais sobre esse estudo clicando aqui.

Sendo assim, o monitoramento destaca como fatores que influenciaram esses resultados os recursos injetados na economia, tais como:

Repasses do Governo Federal para o Bolsa Família com montante de R$ 14,12 bilhões para 20,76 milhões de beneficiários; Auxílio-gás para 5,64 milhões de famílias e montante de R$ 575,59 milhões; Programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6,1 bilhões no mercado ao longo do ano; Pagamento do último lote do PIS-Pasep de R$ 4,3 bilhões para mais de 4 milhões de trabalhadores; Liberação de R$ 2,7 bilhões de Requisições de Pequeno Valor (RPVs) para aposentados e pensionistas do INSS; Montante de R$ 6,87 bilhões em restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF 2024 para 5,35 milhões de contribuintes.

Por outro lado, os analistas da Abras dizem que para os próximos meses, muito por conta da estiagem prolongada e das queimadas, a previsão é que tenha um aumento no preço dos alimentos. E neste contexto, as proteínas animais também vão sofrer aumento neste segundo semestre.

“A queimadas afetam a áreas de pastagens e aumentam os custos dos pecuaristas com alimentação do gado. Esses custos são repassados ao longo da cadeia até chegar ao consumidor. As carnes tradicionalmente têm os seus preços mais elevados no segundo semestre com a chegada das festas de fim de ano e com o crescimento das exportações no período. Importante ressaltar que se o preço da carne bovina sobe, ela puxa a demanda por outras proteínas como frango, suínos entre outras. Essa maior demanda também eleva os preços”, explica Milan.
 

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Créditos imagem: Seafood Brasil

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