Amplo mercado: Morota Pescados investe R$ 3,5 milhões em nova planta
Com SIF, empresa pensa inclusive em vender pescado para fora do País ou atender a demandas internas de processamento
26 de novembro de 2019
A Morota Pescados, tradicional distribuidora situada em São Paulo com loja no Mercado Municipal da Cantareira ("Mercadão"), quer alçar novos voos a partir da construção da nova planta de processamento construída no bairro do Limão, na capital paulista. O estabelecimento teve um investimento total de R$ 3,5 milhões e está com um volume de processamento em 64.246 tonelada/mês.
Pronto desde agosto de 2019, o frigorífico iniciou recentemente as atividades depois das últimas regularizações e já está apto para processar pescado com SIF - o que permite à empresa pensar inclusive em vender pescado para fora do País ou atender a demandas internas de processamento.
Conforme Rodrigo Fróes, sócio-administrador, entre as vantagens está a possibilidade de oferecer o serviço de "sifagem" para empreendimentos sem SIF, já que as compras via produtor rural não podem ter alteração no seu estado físico, ou seja, o produtor rural não pode eviscerar ou filetar o pescado.
Outra oportunidade é de utilizar matérias-primas que se encontram no período de defeso. “Congelamos e fazemos o fornecimento durante o período de defeso, no caso da sardinha, camarão entre outros produtos que possuem restrição de pesca durante alguns períodos”, explicou.
Além disso, a vantagem competitiva tributária também é ressaltada. “Todas as notas emitidas pela indústria já possuem o ICMS destacado, esta é um diferencial oferecido a todos os clientes Morota, pois ficam desobrigados a realizarem o recolhimento de 7 % de alíquota de ICMS sobre o total das suas notas fiscais de compra de pescado", falou Fróes.
O frigorífico também tem a vantagem da customização, uma vez que poderá oferecer o pescado no formato que o cliente deseja: posta, filé porção, eviscerado. Fróes acredita que desse modo será possível evitar desperdícios e contribuir para que o cliente reduza a sua taxa de aplicação de mão de obra na própria loja, então é entregue o produto para que seja feita apenas a cocção e por fim chegue ao consumidor final.
No novo espaço o objetivo é direcionar a maioria de suas vendas para o food service (95%) e apenas 5% ao varejo.
Diferenciais técnicos
O projeto desenvolvido para o frigorífico envolve a manutenção da qualidade desde a água resfriada e clorada até os controles de temperatura rigorosos em todos os processos, indica o consultor Werner Martins, que participou do desenvolvimento. Há também uma responsável técnica que acompanha todo o processamento e qualidade do pescado desde o momento que entram e que saem com exames laboratoriais. “Todos esses processos pertencem ao SIF, mas são seguidos de forma rigorosa. Além disso destacamos a fabricação de gelo próprio onde temos o controle da água”, informou Fróes.
Segundo Martins, outro diferencial técnico é que a empresa trabalha com uma logística de recepção e distribuição diária. Ele também destaca o entendimento dos empresários sobre a qualidade do produto que, segundo Martins, é uma uma forma de agregar valor e destaque no mercado.
O frigorífico também cumpre as exigências do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). “Há uma área de recepção de produto inspecionado, uma de reinspeção a barreira sanitária e todas as características e layout que atendem o que ao que existe de mais novo no regulamento", falou.
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