Avanço no cultivo de moluscos no NE: o objetivo do Projeto Sacuritá
Iniciativa tem objetivo de até 2027, gerar avanços para as comunidades que produzem moluscos nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe
26 de fevereiro de 2025
O projeto “Fortalecimento dos sistemas de produção de moluscos bivalves em Sergipe, Alagoas e Pernambuco”, chamado carinhosamente de “Projeto Sacuritá”, quer gerar, até 2027, avanços técnicos e agregação de valor à produção de moluscos por comunidades tradicionais de marisqueiras em áreas costeiras dos três Estados que o projeto cobre.
Liderada pelo pesquisador Jefferson Legat, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em resumo, a iniciativa tem a ideia de fortalecer os sistemas agroalimentares de espécies nativas de moluscos bivalves com os quais as marisqueiras já têm tradição de trabalhar, como ostras e massunins, em áreas costeiras de Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Para isso, o projeto utiliza tecnologias sustentáveis voltadas à produção e valorização de alimentos seguros, com inserção no mercado, no turismo gastronômico e no aproveitamento de resíduos da cadeia produtiva.
Além disso, em síntese, o Projeto Sacuritá também prevê a apresentação pelas equipes de pesquisa e transferência de tecnologia nas cidades onde a atividade marisqueira já possui tradição e organização social das catadora
Principais ações do projetoProdução – Fornecimento de sementes de ostras cultivadas em viveiros especializados e implementação de uma Unidade de Referência Tecnológica para capacitação no manejo de estruturas de cultivo flutuantes Ostranne em cada estado participante (SE, AL e PE). Também inclui a distribuição de sementes de massunins provenientes de viveiros e a criação de uma Unidade de Referência Tecnológica voltada para o cultivo em ambiente natural, utilizando o método de ‘semeadura direta’.
Valoração – Desenvolvimento de protocolos de depuração para ostras e massunins, com o objetivo de eliminar contaminantes químicos, físicos e biológicos. Além disso, instalação de uma microdepuradora dedicada a ostras e outra para massunins em cada estado.
Aproveitamento de resíduos – Transformação de conchas em farinha para uso na formulação de ração animal para galinhas poedeiras. Criação de adubo por meio de compostagem e produção de pó de conchas como alternativa sustentável para substituição de microplásticos em produtos esfoliantes.
Formação de redes – Promoção de redes sociotécnicas que fomentem discussões, trocas de conhecimentos e melhorias no fluxo de informações entre agentes públicos e privados. Capacitações direcionadas a produtores, técnicos e profissionais de extensão também estão inclusas.
Geotecnologias – Desenvolvimento de mapas detalhados que identifiquem comunidades produtoras, locais de comercialização, áreas de captura e cultivo, bem como características ambientais e socioeconômicas.
Turismo – Criação de iniciativas para fomentar o turismo de vivência, com a elaboração de materiais voltados para a identificação de espécies locais.
Sobre o Projeto SacuritáCom financiamento de aproximadamente R$ 1 milhão do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Projeto Sacuritá tem como objetivo fortalecer sistemas agroalimentares de espécies nativas de moluscos bivalves nas áreas costeiras de Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Em resumo, a iniciativa busca promover tecnologias sustentáveis para impulsionar a produção e valorizar alimentos seguros, ampliando sua presença no mercado, no turismo gastronômico e no reaproveitamento de resíduos da cadeia produtiva.
Em síntese, o projeto é estruturado em 4 pilares principais: desenvolvimento de tecnologias e boas práticas para melhorar a produção de ostras e massunins; valorização dos produtos por meio de técnicas de depuração e garantia de segurança sanitária; reaproveitamento de resíduos das cascas para usos diversos, como na indústria cosmética, compostagem e alimentação de aves; e capacitação de marisqueiras, além da formação de redes sociotécnicas para fortalecer a comunidade local.
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Créditos imagem: Canva
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