Bem-estar animal: produção de tilápia recebe Norma inédita
Normas do programa foram desenhadas para ter aplicabilidade ampla, respeitando os diversos contextos produtivos
10 de junho de 2025
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Em um cenário de crescimento acelerado e de exigências cada vez maiores por sustentabilidade, a produção de tilápia no Brasil recebeu a primeira Norma de Bem-Estar Animal voltada à atividade, lançada em maio pela Certified Humane, representante na América Latina e na Ásia da Humane Farm Animal Care (HFAC), organização internacional certificadora do bem-estar de animais de produção.
“Consideramos a certificação de bem-estar animal uma solução de mercado”, pontua Luiz Mazzon, diretor da Certified Humane na América Latina e Ásia. “O produtor tem acesso a critérios rígidos e claros de manejo com bem-estar e tem a oportunidade de receber um selo de certificação que comunica a sua conquista ao consumidor. Este, por sua vez, facilmente localiza o produto com valor agregado no mercado e, por sua vez, tem a escolha de comprar este produto, mesmo custando mais caro”, fala.
Conforme ele, a norma já ocorre no Brasil e no exterior com os mais variados produtos de origem animal, como carne, leite, ovos e derivados. E, em alguns países como o Reino Unido, ocorre com produtos da aquicultura, a exemplo do salmão. “Apostamos que existe uma oportunidade também para o mercado da tilápia no Brasil e em qualquer país do mundo onde estas iniciativas voltadas ao bem-estar são valorizadas. Não nos referimos apenas ao consumidor final, mas também aos grandes compradores de ingredientes de origem animal, como indústrias de alimentos ou cadeias de hotéis, por exemplo”, completa.
Segundo Mazzon, as normas do programa foram desenhadas para ter aplicabilidade ampla, respeitando os diversos contextos produtivos do Brasil e de outros países. “Isso porque a base para a manutenção do bem-estar do animal é a forma com a qual ele é criado e cuidado em todas as etapas de sua vida. Em outras palavras, as normas são específicas e detalhadas para a espécie animal, neste caso a tilápia, e nos ‘outcomes’ resultantes dos contextos produtivos nas suas diversidades.”
Conforme ele, desde a concepção da norma até a sua versão final, visitas a campo em contextos variados de produção foram feitas e profissionais nas variadas áreas da cadeia de tilápias consultados. “Para se obter, no final, uma norma com aplicabilidade e adoção possível para aqueles que desejam inovar e ter a sustentabilidade e o bem-estar animal como foco de sua piscicultura ou empresa”, explica.
A organização acredita que produtores que vislumbrem vantagens competitivas ou busquem práticas mais sustentáveis serão naturalmente atraídos pela certificação. “A decisão de entrar no mercado ou não tem muito a ver também com oportunidades comerciais vislumbradas pelos produtores, não apenas pelo desejo de melhorar os manejos adotados, seja para melhorar a vida dos animais, seja para aumentar a produtividade”, finaliza Mazzon.
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Créditos da imagem: Canva
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