Brasil busca reabertura de exportação de pescado à UE na Seafood Expo

Considerada a maior feira do mercado de pescado do mundo, a Seafood Expo Global, que se encerra nesta quinta-feira (28), também serviu como oportunidade para aprofundar as tratativas para a retomada das exportações de pescado brasileiro para a Comunidade Europeia e o Reino Unido. 

 

“O Brasil deu dois passos importantes durante esses dias em Barcelona”, disse à Seafood Brasil Eduardo Lobo Nasvlasky, presidente da Abipesca e da Câmara Setorial de Produção e Indústria de Pescados.  

 

Conforme Lobo, o primeiro passo importante foi da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) em conjunto com a Secretaria de Relações Internacionais (SRI) em duas reuniões importantes com o Reino Unido. “O Reino Unido depois do Brexit está de portas abertas e acho que a gente vai conseguir desobstruir a relação bilateral com eles antes mesmo da comunidade europeia”, falou.

 

“O Reino Unido representava quase 60% de tudo que o Brasil enviava para a comunidade europeia. Então, houve uma reunião do setor público com o privado e as autoridades do Reino Unido trocando informações sobre espécies e oportunidades, tanto na compra como para venda na equivalência sanitária”, completa.

 

Em relação a Europa, Lobo destaca que também houveram reuniões paralelas. “Ontem, o Brasil também deu um passo importante na relação para elevar essa vontade da abertura do mercado comum europeu. O Brasil convidou os maiores empresários da pesca da Europa para um pequeno coquetel junto aos empresários brasileiros que estavam presentes em Barcelona. Houve uma interlocução de ambas as partes e acordou-se uma movimentação para que o processo saia da inércia e muitos negócios aconteceram durante esse evento”, finaliza Lobo.

 

O secretário da SAP, Jairo Gund, reforçou à Seafood Brasil que o evento serviu para a realização de contatos, tanto com países exportadores para o Brasil, quanto importadores de vários lugares do mundo. “Foi excelente essa reunião porque a gente conseguiu reunir o setor privado europeu de frente a vários empresarios brasileiros e pudemos fazer uma boa comunicação com a ANFACO e a Europeche e explicar o histórico, o que avançou e que estamos desde dezembro aguardando a UE se manifestar”, disse.

 

“Saímos daqui com o apoio de todo o setor privado brasileiro e europeu nas articulações em seus países para que a gente possa ter essa positiva ação por parte da UE. O que depende para retomar as exportações à UE por parte do governo brasileiro já está feito e  só depende da UE consolidar porque cumprimos o prometido”, completa Gund.