China libera mercado para todo pescado extrativo brasileiro
Abertura histórica impulsiona exportações de pescados brasileiros rumo ao gigante asiático, com potencial de negócios bilionários
30 de junho de 2025
Após quase uma década de negociações, o setor pesqueiro brasileiro celebra um marco histórico: a China oficializou a liberação de todas as espécies de pescado de origem extrativa provenientes do Brasil. Em resumo, a decisão, anunciada no último dia 27 de junho pela Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), permite exportações imediatas, o que por sua vez, representa uma grande oportunidade para a indústria nacional.
Em síntese, essa conquista é resultado de esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e a Câmara Setorial da Produção e Indústrias de Pescados. A liberação foi viabilizada pela atualização do sistema de habilitação interno chinês, concluída recentemente, que atende às exigências sanitárias do governo local.
Importante lembrar que a assinatura do protocolo oficial ocorreu em 22 de abril, durante uma cerimônia em Brasília, consolidando o Brasil como o 350º mercado aberto pelo agronegócio nacional. Este acordo reforça o compromisso entre os dois países e abre portas para a ampliação do comércio bilateral.
A entidade também já havia participado do Semninário Empresarial Brasil-China, evento esse utilizado para fortalecer as relações comerciais entre os dois países - lembre dessa notícia clicando aqui.
O que muda na prática?
--> Todas as espécies de pescado extrativo brasileiro estão autorizadas a entrar na China;
--> Empresas brasileiras habilitadas pelo MAPA já podem iniciar imediatamente os embarques;
--> A competitividade do pescado nacional tende a crescer, com valorização de espécies nativas e aumento da demanda internacional.
Com a abertura, as empresas habilitadas pelo MAPA podem iniciar os embarques de imediato - aqui, cabe também lembrar o potencial deste novo acordo com a China: em 2024, o país importou US$ 17,9 bilhões em pescado, consolidando-se como o maior importador global. Agora, o Brasil busca conquistar uma fatia significativa deste mercado, que é liderado por nações como Rússia, Noruega e Equador.
“Esse é um passo gigantesco para o Brasil na consolidação como fornecedor global de proteína de qualidade. Estamos prontos para aproveitar essa janela e ampliar nossas exportações”, comentou a Abipesca em comunicado.
Além do aumento na exportação de espécies nativas e na valorização do pescado brasileiro, espera-se um impacto positivo na geração de empregos e renda em toda a cadeia produtiva, incluindo captura, beneficiamento e logística. De acordo com a Abipesca, a expectativa é que o volume de exportações cresça até 30% em 2025, com previsão de movimentar cerca de R$ 1 bilhão anualmente nas transações comerciais entre os dois países.
Créditos imagens: Canva
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