Como a C. Vale utilizou o cooperativismo para construir sua evolução
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Como a C. Vale utilizou o cooperativismo para construir sua evolução

Empresa consolidou-se como uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil, conquistando grande destaque na tilapicultura nacional

07 de fevereiro de 2025

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A C.Vale completou 61 anos de atuação em novembro de 2024, consolidando-se como uma das maiores cooperativas agroindustriais brasileiras. Com operações em cinco estados e no Paraguai, a diversificação é a marca da cooperativa, que atua nas cadeias produtivas de grãos, aves, suínos, leite e - ultimamente nos últimos anos na tilápia, segmento no qual vem intensificando seu foco.

Embora a produção de tilápia atualmente represente uma pequena fração do faturamento da cooperativa (cerca de 2%), o potencial de crescimento é notável, como destaca Reni Eduardo Girardi, diretor industrial da C.Vale. Para ele, o futuro da tilapicultura é promissor, traçando paralelos com a ascensão da avicultura no Brasil. “Temos uma história inteira para construir”, afirma

Em 2024, a C.Vale exportou mais de 30% de sua produção de tilápia industrializada, com destaque para os Estados Unidos. “Trabalhamos com o produto inteiro, eviscerado e congelado, sendo que o grande volume é de filés frescos”, comenta Jair De Sordi, gerente do abatedouro de peixes. 

A cooperativa também tem como meta expandir sua presença internacionalmente, com foco em mercados como Reino Unido, este mais próximo de ser alcançado, mas também para a União Europeia. “Diversificar o mercado facilita a colocação do produto”, comenta De Sordi. “No Brasil, temos 200 milhões de habitantes, certo? Mas, no mundo, são bilhões”, complementa Girardi.

Entre desafios e avanços

O modelo de integração adotado pela C.Vale abrange todas as etapas da cadeia produtiva, garantindo qualidade desde a reprodução até o processamento. Paulo Roberto Poggere, gerente do departamento de peixes, destaca a relevância desse modelo para pequenos e médios produtores de 17 municípios paranaenses, que integram a produção entre tanques-rede e escavados. “A atividade trouxe mais estabilidade para o campo e tem sido uma via promissora para a sucessão familiar, atraindo novas gerações a continuar na propriedade”, ressalta. No entanto, ele aponta que alguns desafios da atividade persistem, como o custo elevado de produção e o controle de doenças como streptococcus e francisella

Outro obstáculo é trazer novas gerações para a piscicultura. No entanto, neste caso, a diversificação e a rentabilidade da tilapicultura têm ajudado a reverter esse cenário, atraindo filhos e netos dos produtores, mas até empresários de outros setores. Kleber Francisco Carvalho, advogado e piscicultor integrado, é um exemplo. Ele transformou a propriedade herdada em Terra Roxa (PR) em 80 mil m² de lâmina d’água para produção de tilápia. “Hoje, estamos muito satisfeitos com a piscicultura. Quem puder investir, eu recomendo muito”, afirma Carvalho de forma categórica.

O desenvolvimento da produção também inclui a diversificação dos sistemas produtivos, com foco na sustentabilidade. Entre as inovações - e sem muitos spoilers -, a cooperativa está desenvolvendo um sistema amparado em estudos internacionais para maior densidade de peixes com menor consumo de água. Esse sistema possibilitará, conforme os executivos, um expressivo salto da produção de peixes da C.Vale.  

     


Esta matéria é a segunda parte da matéria de “Capa” da Seafood Brasil #56. Clique aqui para ler essa e outras matérias na íntegra!
 

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Créditos imagem: Seafood Brasil 

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