Como a Paturi integra e impulsiona a tilapicultura no Paraná
Modelo da empresa se destaca pela inovação, parceria com produtores e soluções para desafios setoriais presentes na produção do Estado
07 de março de 2025
*Nota da Redação: esta entrevista foi realizada em setembro de 2024, antes da C.Vale assumir oficialmente as operações da Paturi, evento este que ocorreu apenas no final de novembro do mesmo ano.
A Paturi Piscicultura Agroindustrial*, comandada por Marcos Aurélio Pereira, tem se consolidado como um dos grandes nomes da tilapicultura no Paraná, indo além do tradicional cooperativismo. Com um modelo de negócios inspirado em sistemas de integração que lembram franquias, a empresa conecta pequenos, médios e grandes produtores em um ecossistema produtivo eficiente.
Fundada em 1993 pelo patriarca Angélio José Pereira, a Paturi começou com um modesto restaurante de peixe frito e um açude no Oeste paranaense. “No início, era um pequeno restaurante e eu mesmo era o garçom”, relembra Pereira. Ao longo dos anos, a empresa cresceu e diversificou, investindo em abatedouros, novas propriedades e parcerias com produtores.
Parceria franqueadaO modelo de integração adotado é inspirado nas práticas de grandes empresas do setor agroindustrial e é uma espécie de parceria com produtores independentes, no qual a empresa fornece insumos essenciais, como alevinos, assistência técnica e ração. "É uma relação que funciona como uma franquia", explica Pereira. "Nós entregamos o peixe, e ele [produtor] cuida da criação. No final, retiramos o produto e pagamos conforme o rendimento, sem chegar ao nível societário."
Além de flexibilizar a entrada e saída de produtores no sistema, Pereira ressalta que essa abordagem oferece estabilidade tanto para a empresa, quanto para os parceiros. Com o sistema de integração, é possível controlar o preço e manter acordos de longo prazo com os clientes, algo essencial para atender a grandes redes de varejo.
Outro diferencial da Paturi é a diversificação na produção de tilápia, que abrange tanto o uso de tanques escavados quanto tanques-rede. Embora o tanque escavado ainda seja predominante, representando cerca de 60% da produção, o tanque-rede oferece vantagens em produtividade e controle.
Esta matéria é a quinta parte da matéria de “Capa” da Seafood Brasil #56. Clique aqui para ler essa e outras matérias na íntegra!
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Créditos imagens: Seafood Brasil
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