Como se comportou a balança comercial brasileira do pescado em 2021
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Como se comportou a balança comercial brasileira do pescado em 2021

Confira a análise completa Seafood Brasil #42

07 de abril de 2022

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Os efeitos da pandemia - uma combinação de fatores em múltiplas direções - continuaram a pautar o desempenho da balança comercial brasileira ao longo de 2021. Do ponto de vista da oferta, o aumento dos combustíveis, desafios logísticos associados à carência de contêineres, desafios produtivos por falta de mão de obra ou insumos, rupturas causadas pelos lockdowns mundo afora, além da alta demanda com a reabertura pós-vacinação nos EUA e Europa, pressionaram globalmente os preços dos itens de pescado.
 
No ano passado, a recuperação gradual dos canais de food service no Brasil e no mundo conteve a expansão vertiginosa das vendas de pescado no varejo que marcou 2020, o primeiro ano da pandemia. Com isso, a distribuição dos canais regressou aos poucos à
proporção tradicional, embora as vendas de pescado via varejo físico e online tenham se transformado de maneira irreversível.
 
A pressão inflacionária advinda desta situação penalizou os importadores, mas auxiliou o crescente número de exportadores brasileiros - que ainda se beneficiaram da valorização da moeda norte-americana frente ao real. A balança comercial brasileira de itens de pescado em 2021 seguiu deficitária, com diferença de US$ 820 milhões entre as importações e as exportações. No entanto, o desempenho das vendas externas segue encurtando esta distância.
 
 
O País parece ter se recolocado novamente no trilho dos exportadores de pescado. No recorte histórico trazido pelo Painel do Pescado, percebemos que as empresas brasileiras apuraram crescimento de 58% no volume exportado entre 2014 e 2021, um crescimento médio de 7% ao ano.
 
Em 10 anos, os exportadores brasileiros subiram de US$ 214 milhões para US$ 360 milhões no faturamento com as vendas externas, uma alta de 68%. Já os volumes despachados ao exterior pelas empresas brasileiras ainda estão na metade do patamar alcançado no pico histórico ocorrido em 2003.
 
A pauta exportadora foi bastante diluída em 2021, enquanto as importações ficaram mais concentradas. O Brasil exportou os volumes acima a 123 países, enquanto importou de outros 40.
 
No âmbito da importação, os 12 meses encerrados em dezembro de 2021 sugerem uma leve recuperação após a queda acentuada registrada entre 2017 e o primeiro ano de pandemia (2020).
 
No decorrer da década, nota-se uma redução dos volumes importados. Itens como a polaca da China reduziram muito sua participação, enquanto o panga retomou um papel de destaque com 28 mil toneladas.
 
O volume é similar ao da merluza argentina, que vem se reduzindo ano após ano com capturas menores e problemas com restrições sanitárias das autoridades brasileiras.
 
O salmão se manteve soberano na pauta importadora a despeito da alta nas cotações, o que colaborou para que os preços médios praticados pelos fornecedores internacionais atingissem altas históricas em 2021, em geral motivados pelos distúrbios de oferta e demanda provocados pela pandemia.
 
Confira a análise completa Seafood Brasil #42 que pode ser lida aqui.
 
Créditos: Canva

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