CONNECT discute produção, intercâmbio e sustentabilidade do pescado
Comercialização

CONNECT discute produção, intercâmbio e sustentabilidade do pescado

Programação do 2º dia programação ainda teve mais dois painéis e Workshops sobre indústria e também a sustentabilidade

20 de outubro de 2021

A produção, o intercâmbio industrial, a promoção e a sustentabilidade do pescado estiveram no foco do Seafood Show Latin America Connect nesta terça-feira (19).
 
A programação do dia foi aberta por Amy Novogratz, fundadora do fundo de investimentos Aqua-Spark. Ela dividiu a apresentação com Valerie Robitaille, CEO da XpertSea, que trouxe exemplos de aplicação na produção da empresa. 
 
Novogratz explicou que o grupo começou a olhar para a aquicultura ao perceber que a indústria precisava de uma forma diferente de pensar em crescimento e no investimento através de fundos que pudessem englobar lugares, espécies e sistemas.
 
“Nós investimos em toda a cadeia de valor com um portfólio global que acessasse o ecossistema vivo e trabalhasse nos lugares necessários para criar uma visão compartilhada de que a aquicultura pode ser transparente, rastreável e mais lucrativa. Nós queríamos ter um sistema alimentar perfeito”, disse.
 
 
Apesar de ser um fundo financeiro, o Aqua-Spark se considera um holding. O grupo quer construir, conforme Novogratz , o que acredita ser o mapa de como escalonar a aquicultura para duplicar a produção de pescado e também compartilhar com setor exemplos de portfólio que mostram bons retornos quando comparados com a indústria atual. 
 
A aquicultura brasileira Fisher, conhecida principalmente pela engorda no reservatório Aqua Vermelha com sistema de tanques-rede circulares e alimentadores automáticos integrados foi um dos exemplos apresentados por Amy. 
 
Promoção global de pescado
 
O primeiro painel do dia trouxe a “Promoção Global de Pescado” e contou com a participação de Karl Berger, gerente de Pesca do PromPerú; Edgar Novoa Villavicencio, diretor Comercial do escritório Pro Equador em São Paulo e Øystein Valanes, diretor do Conselho Norueguês da Pesca.
 
Carolina Nascimento, representante na América Latina do Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI) completou os palestrantes do painel e falou como a  ASMI tem unificado esforços para promoção do marketing de seus produtos de pescado na América Latina.
 
A ASMI é uma parceria entre o setor público e privado para a promoção dos peixes do Alasca, nos EUA. A região produz cerca de 2,5 milhões de toneladas de pescado por ano e tem uma grande diversidade de produtos pesqueiros, com a sua grande maioria enviada ao exterior.
 
 
Hoje, o maior mercado de exportação dos produtos do Alasca é a China, movimentando mais de US$ 700 milhões. Já para a América do Sul, as exportações somam cerca de US$ 35 milhões, mas quando acrescentado o México e a América Central, o número fica próximo a US$ 100 milhões. “Sempre que olho para esses números vejo o potencial de crescimento. Muita coisa pode ser feita”, completou.
 
Intercâmbio Industrial Latino-Americano
 
Na sequência, um "Intercâmbio Industrial Latino-Americano" trouxe representantes de várias entidades de pescado da América Latina. Representante do Brasil, Pablo Rillo, diretor da Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abrapes), ressaltou que o pescado é um negócio internacional bem antes da internet e da globalização. “Até porque pelos peixes que tem em um país e tem em outro", falou.
 
Conforme ele, sempre houve um grande intercâmbio entre os países e as grandes empresas de pescado, fator amplificado pela globalização e por suas facilidades.
 
Após Rillo, a importância da indústria da pesca para a segurança alimentar no México e os demais mercados foi abordada por Humberto Becerra Batista, presidente da Cámara Nacional de la Industria Pesquera y Acuícola.Osciel Velásquez Hernández, presidente ALPESCAS, ampliou o debate para toda a América Latina.
 
Workshop - Indústria
 
Representantes da Espanha, Estados Unidos e Brasil formaram o Workshop focado nas principais inovações da indústria global de pescado. A diretora de Inovação e Insights da Mintel, Lynn Dornblaser, trouxe ao evento uma atualização sobre a tendência mundial de novos produtos e inovações de pescado com foco na América Latina.
 
A indústria 4.0 foi tema da apresentação do espanhol Roberto Alonso, secretário-geral adjunto de ANFACO-CECOPESCA. Enquanto a diretora do Instituto de Pesca de São Paulo, Cristiane Pinheiro Neiva, teve o desafio de apresentar experiências da academia e do setor privado para técnicas de processamento e aproveitamento integral do pescado. 
 
 
Segundo Neiva, sobre as questões relacionadas a utilização dos subprodutos de pescado, a busca é principalmente para evitar o desperdícios de nutrientes, para desenvor produtos com valor agregado, pela viabilidade econômica da utilização desses subprodutos e para reduzir a poluição ambiental.
 
Já a questão ambiental é imprescindível quando se fala de aproveitamento dos subprodutos. “Os problemas ambientais e a crise dos recursos demonstram essa necessidade de avançarmos de forma sustentável, com a introdução dessas novas tecnologias para produção de alimentos e principalmente considerar a segurança alimentar e o melhor aproveitamento das diferentes matérias-primas”, completou Neiva.
 
Os atuais projetos de pesquisa da instituição estão alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
 
Workshop - Sustentabilidade
 
A sustentabilidade também foi tema do último Workshop do dia. Wagner Cotroni Valenti, professor do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura da UNESP, trouxe os “Critérios de Sustentabilidade para a Economia Azul''. Na sequência, Cintia Miyaji,diretora-executiva da Paiche Consultoria e Treinamento, discutiu a “Articulação do Setor Privado em Prol da Sustentabilidade.”
 
A iniciativa OpenTuna foi tema da última apresentação com Rodrigo Hazin, presidente da Norte Pesca. A plataforma foi desenvolvida com apoio técnico da Global FishingWatch, e é uma iniciativa para promoção da transparência dos dados de capturas das pescarias comerciais de atuns. 
 
A OpenTuna ainda reúne empresas da Aliança do Atlântico para o Atum Sustentável (AAAS), além das entidades Oceana, Global Fishing Watch, Projeto Albatroz, Fundação Pró-Tamar, UFRPE e Paiche Consultoria. 
 
Seafood Show Latin America CONNECT
 
Iniciativa inédita na América Latina, o Seafood Show Latin America CONNECT foi criado pela Francal Feiras e Seafood Brasil para estimular a integração do mercado do pescado entre os países da América Latina entre si e do continente com outros países, por meio de negócios, conteúdo e atualização. Confira a programação detalhada com os horários das apresentações aqui.

Créditos: Seafood Show Latin America/Reprodução

 

 

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