Consumidor de SP começa ano menos endividado, mas comerciante tem menos confiança
As famílias paulistanas estão menos endividadas em janeiro de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano passado. O levantamento realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que a porcentagem de endividados caiu de 54,7% para 39,3% neste mês.
09 de fevereiro de 2015
As famílias paulistanas estão menos endividadas em janeiro de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano passado. O levantamento realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que a porcentagem de endividados caiu de 54,7% para 39,3% neste mês.
Trata-se do resultado mais baixo desde fevereiro de 2009, quando o indicador chegou a 37,5%. As famílias de baixa renda continuam com maior índice (42%) e, segundo avaliação da FecomercioSP, "sentem mais intensamente os efeitos da inflação e a alta dos juros". A assessoria econômica de entidade diz que o crédito é um meio de acesso importante para manter os padrões de consumo destas famílias. Já para os que possuem renda acima de dez salários mínimos, o endividamento chegou a 31,3% - queda de 5,1 p.p. em relação aos 36,4% do mês anterior.
Se do lado de quem compra as dívidas diminuíram, do lado de quem vende a desconfiança aumenta. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (ICEC) registrou queda de 2,8%, ao passar de 102 pontos em dezembro para 99,1 pontos em janeiro. Na comparação com 2014, a queda foi de 17%. Segundo nota da FecomercioSP, a assessoria econômica da Entidade destaca que há indícios de um período de insegurança por parte dos empresários, especialmente porque essa tendência tem se repetido desde 2013. "Dessa forma, o sentimento de pessimismo parece predominar na passagem de dezembro para janeiro. O resultado da pesquisa demonstra que a queda do indicador está diretamente relacionada à desaceleração do nível de atividade econômica, em que a queda no ritmo de crescimento das vendas do varejo e a persistência da inflação continuam abalando a confiança dos empresários do comércio quanto ao ciclo do consumo ao longo do ano", relata o texto.
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