Consumidor paulista pagou mais caro no pescado em novembro
Consumidor também sentiu no bolso a desaceleração dos preços de itens da cesta básica que são subprodutos da soja
16 de dezembro de 2020
O pescado ficou em média 2,55% mais caro nos supermercados paulistas em novembro, em outubro o indicador foi de 1,12%, conforme o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento registrou inflação de 11,37%. Já no acumulado do ano, o número está em 8,29%.
O consumidor paulista também sentiu no bolso a desaceleração dos preços de itens da cesta básica que são subprodutos da soja. No geral, a inflação foi de 1,58%, porém o número é 0,71 pontos percentuais (p.p) menor que outubro.
Proteínas em alta
Um dos principais itens pela inflação geral em novembro foram as proteínas. A explicação é que o aumento se deve ao crescimento dos custos de produção devido à elevação da ração dos animais, ao aumento da demanda por suíno e à demanda internacional de importação. No geral, os cortes bovinos subiram 3,8% e as aves 2,8%, frente 5,3% e 9,1% registrados em outubro, respectivamente. Os suínos praticamente se mantiveram em 8%.
No acumulado do ano, bovinos, suínos e aves registraram aumento de 11,48%, 31,98% e 12, 92% respectivamente. No acumulado dos últimos12 meses, o indicador está em 28,93%, 51,74% e 22,54%, respectivamente.
Desaceleração
Conforme a Apas, a tendência de queda dos subprodutos da soja, como óleo, arroz e leite havia se iniciado em outubro, apesar da alta demanda do exterior pelo produto. O preço do óleo, por exemplo, que chegou a registrar 30,6% em setembro, caiu para 16,4% em outubro e 9,6% em novembro. Outro item, o arroz, caiu de 16,9% para 10,48% e, agora, 5,7%. O leite, que chegou a registrar inflação de 7,2% em setembro, teve deflação de 4,2% em novembro.
“O início dessa queda se deve ao fato de os consumidores estarem mais cautelosos e o Governo Federal ter zerado a taxa de importação do arroz. A redução dos preços, de uma forma geral, será mais perceptível quando começar a safra do início de 2021”, aponta o presidente da APAS, Ronaldo dos Santos.
Créditos da imagem: Acervo Seafood Brasil
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