Exportação equatoriana: tilápia sofre; camarão reverte decisão chinesa
Aquicultura

Exportação equatoriana: tilápia sofre; camarão reverte decisão chinesa

Aquicultura equatoriana esteve em pauta dos noticiários nos últimos dias

13 de agosto de 2020

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O novo Coronavírus colocou a aquicultura do Equador em pauta dos noticiários nos últimos dias. Enquanto a exportação de tilápia atravessa uma fase complicada, a Santa Priscila, maior exportadora de camarão do país, conseguiu retomar as atividades com os chineses.
 
A exportação de tilápia do Equador está no momento mais crítico, segundo revela o Diário Expreso, com médias abaixo dos volumes registrados em 1998. As últimas estatísticas da Câmara Nacional de Aquicultura (CNA) indicam que o preço da libra (453 g) da tilápia no mercado dos Estados Unidos foi de US$ 2,13 em média nos primeiros cinco meses de 2020. 
 
O preço médio em 2009 era de US$ 2,90 por libra, embora em 2000 tivesse chegado aos US$ 3, após o boom ocorrido na década de 1990. Na última década, segundo o jornal, a competição asiática afetou o Equador. 
 
Restriçoes do governo chinês 
A suspensão das restrições do governo chinês à Santa Priscila, maior exportadora de camarões do Equador, dá um alento à carcinicultura equatoriana, segundo revela um comunicado enviado pela CNA. 
 
Depois de inspeções realizadas pela Administração Geral da Alfândega da China (GACC) nos últimos dias, o Ministério da Produção e Relações Exteriores do Equador confirmou a decisão do governo chinês.
 
A empresa aplicou integralmente o guia "Covid-19 e Segurança Alimentar: Orientação para Empresas Alimentares”, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), o que foi considerado suficiente para atender aos requisitos chineses. 
 
Jose Antonio Camposano, presidente-executivo da CNA, demonstrou alívio e disse que a notícia confirma que o camarão equatoriano é um produto saudável e seguro para todos os consumidores.
 
As inspeções do GACC foram feitas de forma virtual e validaram que a Santa Priscila cumpriu rigorosamente os protocolos de biossegurança e segurança, “ratificando assim a excelência do setor camaroneiro equatoriano e a qualidade global deste produto”, conforme afirmou o Ministro da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca do Equador, Iván Ontaneda.
 
Além da Santa Priscila, a exportadora Empagreci também teve a decisão revertida.
 
Covid-19
Em julho, a CNA informou a  decisão da Direção Geral de Alfândegas da China que suspendeu a exportação de camarão de três empresas equatorianas. Na ocasião, foi apresentado um relatório chinês confirmando que foram detectadas amostras positivas para do novo coronavírus em uma das paredes internas de um contêiner que continha camarão e na superfície externa de 5 caixas do produto. 
 
Poucos dias depois, o setor de camarão equatoriano anunciou a forte contração em sua produção e exportação em função da crise de mercado e da redução da demanda. O comunicado destacou o impacto que a situação mundial teve sobre a criação e exportação dos camarões que não passaram por uma crise de preços tão profunda há mais de uma década.
 
Créditos da imagem: CNA

 

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