Extrusão de rações: etapas, tecnologia e aplicações
A jornada da Wenger pelo aprimoramento da fabricação de rações no Brasil
19 de novembro de 2019
A Wenger organizou às vésperas do International Fish Congress (IFC), realizado em Foz do Iguaçu, um evento dedicado a discutir as tecnologias mais avançadas para extrusão de rações peletizadas para a aquicultura no Brasil. O Seminário Wenger, em 16 de setembro, teve o apoio da Seafood Brasil para juntar representantes da área comercial e técnica de diversas fábricas de ração, como Algomix, Guabi, Ambar Amaral e C.Vale que participaram do encontro para nivelar o conhecimento dos presentes sobre o segmento.
Para Eduwaldo Jordão, responsável pela Wenger na América Latina, o seminário pôde mostrar o que é um processo de extrusão. “Detalhamos o processo e fizemos networking, conhecemos empresas e pessoas novas.” A empresa fez questão de trazer direto de Kansas Spencer Lawson, gerente do departamento de U P & C Technology da Wenger, para integrar o programa junto a Jordão.
Para o gerente de produtos da Neovia, Daniel Fuziki, o evento foi importante por apresentar uma visão geral sobre o processo de produção das rações usadas para peixe. “Às vezes trabalhamos a formulação e desenhamos o produto, mas precisamos conhecer todo o processo e tecnologia envolvida na produção. Associando a fórmula e a produção do alimento certamente teremos resultados melhores ao produtor.”
Samara Mostafá, coordenadora técnica da produção da Nutricon, buscava conhecimento na parte técnica de extrusão e secagem de rações para peixes ornamentais. “É uma empresa referência, então aprendemos muito em relação à qualidade dos ingredientes, o controle de processos as matrizes que podem ser utilizadas e até a configuração deste processo para melhorar o cozimento dos produtos.”
Jornada pelo conhecimento
A estratégia de organizar seminários juntos às principais feiras do setor - a última edição havia sido organizada no pré-Fenacam, em novembro de 2018 - faz parte de uma iniciativa mais ampla da fabricante norte-americana para aprimorar conhecimento dos brasileiros sobre as tecnologias de extrusão e melhorar as soluções disponíveis para o mercado, principalmente no que diz respeito ao mercado aqua.
É uma tendência da companhia, que possui atuação global com uma ampla linha de equipamentos para fabricação de produtos extrusados que vão muito além da nutrição animal. O objetivo é atualizar os presentes sobre os ingredientes, formulação, extrusão, microextrusão, secagem, recobrimento, performance e informações de mercado. "E fazemos tudo isso de graça, assim como eu visito inúmeras plantas em todo o Brasil e América Latina para recomendar as melhores soluções aos nossos atuais e futuros clientes", frisa Jordão.
O atendimento personalizado é marca da empresa, fundada em 1935 como uma empresa 100% familiar em Sabetha (Kansas, EUA), e consta já nos Valores: "A visão da Wenger é ser simplesmente o melhor parceiro que nossos clientes podem reter. Estas parcerias criam crescimento consistente e prosperidade para funcionários, comunidades e a comunidade envolvida."
Para oferecer tanta parceria, a empresa se apoiou fortemente na pesquisa e desenvolvimento. Em 1958, patenteou a primeira extrusora. Em 1965, abriu um Tech Center para testes de extrusão e treinamento de clientes. Já em 1973 inaugurou o primeiro escritório internacional de vendas e serviços em Antuérpia, na Bélgica, depois Pequim (China), Taichung (Taiwan), São Paulo e Vadodara (Índia).
Há 10 anos, criou uma Divisão de Serviços de Projetos Corporativos (CPS) para oferecer diferentes serviços, como protocolos de segurança alimentar, projeto de plantas, edifícios, estudos de viabilidade de projetos e outros serviços. Já em 2012, adquiriu a Source Technology, da Dinamarca, que faz testes e análises de produtos online, permitindo a integração completa dos parâmetros de controle de processo. Depois de adquirir uma fábrica em Galena, Kansas (EUA), em 2015, expandiu a fábrica que possui no Brasil em 2016.
Escopo de serviços e equipamentos
A Wenger possui um portfóio de soluções que abrange os seguintes setores: alimentos aquáticos, migalhas de pão, cereais expandidos diretos, snacks expandidos, ingredientes alimentares, cereais para café da manhã, petiscos, amidos modificados, vegetais texturizados, massas pré-cozidas, pet foods, alimentos de camarão, entre outros.
A linha de equipamentos envolve: controles de automação, equipamentos auxiliares, extrusoras (de cozimento de rosca único, de formação de rosca único, de rosca duplo co-rotativa, dupla cônica e co-rotativa e dupla térmica de baixo cisalhamento), secadores (um, dois, três ou quatro passes) para alimento humano ou alimento específico com a possibilidade de pacotes de controle avançado (Energia - Avanço de Feed).
Wenger em números
• Empregados: 500 no mundo (2018)
• Volume de vendas
2016: US$ 100 milhões
2017: US$ 130 milhões
• Mais de 1.650 sistemas fornecidos para a indústria
• Instalações operando e servidas em mais de 65 países
• 12 funcionários baseados nos EUA (Headquarters)
• 4 Engenheiros de automação, 8 engenheiros mecânicos e de processo
• 6 funcionários baseados em Antuérpia / BE (Wenger Europe)
• 3 engenheiros de automação, 3 engenheiros mecânicos e de processo
• 6 funcionários sediados no Brasil
• 2 engenheiros de automação, 4 engenheiros mecânicos e de processo
• 4 funcionários baseados na Ásia
• 1 Engenheiros de automação, 3 Engenheiros Mecânicos / Processos
• 11 modelos de extrusoras de rosca única
• 8 modelos de extrusora de rosca duplo
• 3 modelos de C2TX
• 2 modelos de rosca dupla térmica
• 10 modelos de secadores
• 4 modelos de recobridores
• 6 modelos de resfriadores finais
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