O que há de novo nas embalagens para pescado?
Varejo

O que há de novo nas embalagens para pescado?

Inovações em materiais, formatos e tecnologias elevam a funcionalidade, a sustentabilidade e a atratividade das embalagens

Simone Ruiz - 12 de junho de 2025

arroba publicidade
Participe agora do grupo da Seafood Brasil no WhatsApp e receba as principais notícias do setor de pescado. Clique aqui e junte-se a nós!


Nos últimos anos, a experiência do consumidor tem ganhado destaque em diversos setores industriais, e o de pescados não foge à regra. Em resumo, a busca por embalagens mais convenientes tornou-se prioridade, impulsionada por consumidores que desejam praticidade, porções adequadas ao consumo, menos desperdício e soluções que contribuam para a preservação ambiental. Nesse cenário, surgem inovações que combinam materiais e tecnologias avançadas para equilibrar funcionalidade, sustentabilidade e uma apresentação atrativa nos pontos de venda.

Sendo assim, as embalagens precisam atender aos diferentes perfis de consumidores e às particularidades de cada mercado. Em regiões onde o fator preço é determinante, predominam embalagens mais simples. Já mercados com maior valor agregado, demandam soluções sofisticadas com atributos diferenciados que agregam valor ao produto.

Pescados e frutos do mar in natura são altamente sensíveis à temperatura e ao oxigênio, exigindo refrigeração e/ou congelamento ao longo de toda a cadeia logística – e mesmo embalagens simples, requerem cuidados específicos para preservar a qualidade do alimento. Um exemplo são os bags de filme de polietileno (PE), comuns para porções entre 700 g e 1 kg - nesses casos, a formulação do filme precisa resistir às baixas temperaturas, evitando que o material se torne quebradiço e se rompa após o congelamento.

Novidades e o que as empresas vêm apresentando

Para quem deseja uma apresentação mais atrativa nesse tipo de embalagem, uma alternativa eficaz é o uso de estruturas laminadas de PET + polietileno. A laminação com PET proporciona brilho, melhora a impressão e evita deformações nas áreas de selagem. Neste contexto, um exemplo é a catarinense Lamipack, que tem produzido esse tipo de embalagem para filés de peixe amazônico, tanto resfriados quanto congelados.

Outra inovação relevante é o uso de atmosfera modificada em embalagens plásticas termoformadas, com selo de fechamento em PET. A Evertis, por exemplo, fabrica filmes para termoformagem com barreira, que preservam o gás inerte dentro da embalagem, mantendo-o em contato com o produto por mais tempo. Essa tecnologia prolonga a vida útil dos pescados nas prateleiras refrigeradas, mantendo o pH equilibrado e retardando a deterioração.

Pensando na experiência do consumidor, a LyondellBasell desenvolveu aditivos para selos de fechamento que possibilitam a abertura facilitada ou easy-open. Aqui, a composição pode ser ajustada conforme o nível de selagem desejado, e há também opções com funcionalidade de refechamento da embalagem.

Já a alemã Multivac, especializada em equipamentos e soluções de envase, oferece tecnologias para embalagens termoformadas com atmosfera modificada, a vácuo e do tipo skin. Entre os formatos disponíveis, destaca-se a bandeja plástica fechada com filme que se ajusta ao filé de peixe por meio de vácuo e a versão com base de papelcartão com barreira à umidade, igualmente selada a vácuo. O filme de fechamento dessas embalagens, em resumo, também pode ser liso (sem impressão), sendo a identificação do produto feita por uma luva de papelcartão ou rótulo autoadesivo impresso.

Uma novidade promissora são as caixas de papelcartão com coating barreira livre de cloro, uma solução ambientalmente amigável. Neste ponto, a Sun Chemical tem fornecido esse tipo de coating para embalagens de camarão congelado, material esse que oferece barreiras contra umidade e gordura, é selável e resiste a temperaturas que variam do congelamento até 48 °C.

Em um mercado competitivo como o de pescados, adotar soluções inovadoras que também facilitem a vida do consumidor, é uma estratégia essencial para o posicionamento das marcas. Afinal, o equilíbrio entre inovação, sustentabilidade e funcionalidade é o caminho para o sucesso.


Créditos imagnes: Lamipack, Brazilian Fish e João Henrique Alves

embalagens, Evertis, Lamipack, LyondellBasell, Multivac, pescado, Sun Chemical, varejo

Sobre Simone Ruiz
 
  • Bacharel em química industrial pelas Faculdades Oswaldo Cruz, com pós-graduação em projetos sustentáveis, mudanças climáticas e gestão corporativa de carbono pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e MBA em Planejamento e Gestão Estratégica pela Uninter. Atua há 30 anos no mercado de embalagens, com experiência nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de embalagens, qualidade e gestão de projetos de inovação e sustentabilidade. Há 7 anos no Instituto de Embalagens, é coordenadora e coautora de livros da coleção Embalagem Melhor. Mundo Melhor, coordenadora de cursos e workshops sobre Embalagens.
 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3