Os planos do novo comando da Abrapes
Novo presidente da associação, Júlio César Antonio, revelou os planos em "5 Perguntas" na edição #38 da revista Seafood Brasil
07 de maio de 2021
Fortalecer o diálogo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para aprovar normas sobre parasitas, finalizar novos RTIQs e apoiar a reabertura do mercado para camarões argentinos são algumas das pretensões da Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abrapes) na gestão do novo presidente, Júlio César Antonio. As informações foram confirmadas em "5 Perguntas" na edição #38 da revista Seafood Brasil já está disponível, nas versões impressa e digital.
Júlio César é um especialista em contabilidade que, aos 14 anos, já fazia a escrita fiscal de quatro microempresas e, aos 16, assumiu toda a contabilidade delas, como contou a um jornal regional no ano passado. Agora, aos 62 anos, ele lidera uma das maiores indústrias de pescado do Brasil, a Mar & Rio, e assumiu no último mês de fevereiro o posto que antes pertencia a Márcio Ortega, diretor da Fênix.
Júlio terá o desafio de dar sequência a uma série de pleitos normativos demandados pelo amplo espectro de associados da Abrapes: indústrias, distribuidores, importadores, exportadores, tradings e varejistas de pescado. “[Somos] uma associação inclusiva que trabalha para o setor de pescado como um todo”, crava. Na entrevista, ele sintetiza quais serão eles e toca em pontos polêmicos, como a importação de camarões da Argentina.
SBR: O senhor assume a Abrapes após uma gestão de quatro anos do presidente Márcio Ortega. Quais foram as marcas da gestão anterior que o senhor pretende manter à frente da Abrapes?
Júlio Cesar: A gestão do Márcio teve como foco a união e o fortalecimento do setor, princípios que permanecerão no meu mandato. É fundamental termos a participação de todos para nos debruçarmos sobre os interesses comuns e colher os frutos do cooperativismo. A gestão dele foi responsável pela institucionalização da Abrapes, atualmente reconhecida pelos orgãos governamentais como entidade representativa do setor – participando dos processos de tomadas de decisões e compondo fóruns e demais canais de articulação do setor privado com os órgãos públicos, como a Câmara Setorial de Pescados, a Câmara de Logística do Agronegócio, o Comitê de Clientes da SFA/SP, o Fórum do Agronegócio Paulista, o Deagro/Fiesp, entre outros.
Além disso, a [gestão conduziu] pautas importantes, como o [Projeto de Lei de Conversão] PLV nº 30/17 – com intenso trabalho para a permanência do controle da sanidade e da elaboração de [Análise de Risco de Importação] ARI de pescados e produtos aquícolas como competência do Mapa; gestão para a inclusão da aquicultura e da pesca no Ministério da Agricultura, no final de 2018; redução do prazo para a anuência de Licenças de Importação – que resultou no estabelecimento do sistema LECOM e uma efetiva melhora no prazo; a liberação para a importação de camarão do Equador e da Argentina; contribuição para a publicação pela Anvisa da Resolução sobre aditivos e coadjuvantes de tecnologia – objeto da RDC nº 329/2019; esforços para a atualização da IN MAPA nº 29/2015 – atualizada pela IN MAPA Nº 53/2020; pautas relativas à liberação de cargas nos portos e fronteiras, entre outras. Com relação à importação de pescado, nesse período, observamos uma grande redução no número de rechaço de cargas por pH.
Leia a entrevista completa na Seafood Brasil #38 que está disponível aqui.
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