Parceria Iberconsa e Opergel visa camarão argentino em restaurantes

A Opergel Alimentos e a multinacional espanhola Iberconsa anunciaram uma parceria que busca ampliar a presença do camarão vermelho (Pleoticus muelleri) nos restaurantes do Brasil. Para tanto, as empresas ofereceram no dia 10 de junho, na sede da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em São Paulo, um evento exclusivo de degustação aos empresários do setor.

 

Os volumes de importação deste camarão estão crescendo. De acordo com o Painel do Pescado, de janeiro a junho deste ano foram importadas 61 toneladas, uma alta de 125% no volume. Pablo Basso, diretor comercial da Iberconsa Argentina, acredita que o trabalho junto aos restaurantes pode ajudar a incrementar o volume  de importação deste camarão ao País.

 

Ele conta que ficou satisfeito com o resultado do evento, pensado como uma primeira apresentação e capacitação para os chefs dos restaurantes orientais provarem e aprenderem a trabalhar com o camarão argentino. “O camarão vermelho congelado a bordo tem esta possibilidade pelo tempo entre a captura e o congelamento, o que permite consumi-lo cru”, conta.

 

A possibilidade de consumir o produto cru é uma grande aposta para o preparo de pratos que demandam este tipo de produto, a exemplo do sashimi. “A ideia da capacitação foi para explicar o preparo e que as pessoas se interessem em consumi-lo cru, assim como é feito no Japão, e também explicar as questões relacionadas à segurança alimentar. O produto está controlado em todos os momentos”, fala.

 

Com um foco maior nos restaurantes asiáticos, Basso explica que a parceria com a Opergel é justamente pelo seu amplo conhecimento no mercado e seu alcance em São Paulo. Além disso, o produto argentino chega à importadora e distribuidora de alimentos para compor a sua linha de pescado dedicada ao segmento que já conta com o salmão fresco. “Nos pareceu uma boa forma de complementar o que eles estão fazendo e somar à sua linha de produtos”.

 

Ivan Lasaro, CEO da Opergel, fez uma breve comparação entre o camarão argentino e o camarão brasileiro. “Esse camarão [argentino] concorre com o camarão-rosa brasileiro porque nós estamos falando do camarão congelado a bordo e horas depois versus um camarão brasileiro que leva ‘X’ dias de captura, chega aos supermercados e as pessoas fritam ou grelham porque é difícil comer ele cru. É praticamente impossível.”

 

Já o chef Cleber Arakaki também ressaltou o crustáceo argentino. "O camarão é congelado ainda a bordo após a colheita e isso mantém o seu frescor desde a até chegar à mesa do cliente.”

 

Mas Basso pontua que apesar do foco nos restaurantes asiáticos, a ideia é expandir o produto a todos os restaurantes e não apenas aos orientais. “Por isso também apresentamos como risoto, para restaurantes italianos e outras vertentes. Na Espanha, o que se usa nos restaurantes é o camarão argentino”, finaliza.

 

Créditos: Seafood Brasil