Pescado tem estabilidade em meio a queda no consumo de proteínas
Estudos da Kantar mostram impactos da inflação no consumo nos lares brasileiros
14 de junho de 2023
Devido à inflação e aos altos preços, o consumo de proteínas durante as refeições nos lares brasileiros têm caído: enquanto a retração no mercado de alimentos e bebidas foi de 6% no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, a diminuição nas ocasiões de consumo de proteínas foi ainda maior: -9%. Mas, neste cenário, o pescado demonstrou estabilidade de 2022 para 2023, apesar de ter sofrido uma queda entre 2021 e 2022.
Os dados fazem parte do Painel de Uso e Consumo da Kantar que contemplou 4.000 indivíduos, que representa 58 milhões de brasileiros, em sete Regiões Metropolitanas (Grande Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro) de todas as classes sociais e faixas etárias, e do relatório trimestral Consumer Insights da Kantar, que contempla 11.300 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais do País, representando 59 milhões de lares do Brasil.
Proteínas em queda
No cenário de queda das proteínas, a principal responsável é a carne bovina, que ocupava 43,1% do share de ocasiões no primeiro trimestre de 2021 e agora está com 39%. A trajetória de queda já era sinalizada no mesmo período de 2022, quando o consumo havia diminuído para 40,5%.
No caminho inverso está a carne suína, que passou de 4,6% para 7,6% e depois para 9,1% nos mesmos intervalos.
As proteínas mais baratas, como salsichas e linguiças, que se destacaram em 2022, perdem importância na mesa dos brasileiros no curto prazo.
Por sua vez, as carnes de aves, que também sofreram retração de consumo em 2022 com a alta dos preços, agora se recuperam, passando de 25,9% do share para 28,6%.
Créditos: Canva
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