Pescadores do sul catarinense mostram decepção com safra da tainha

A pesca da tainha se encerra na próxima semana e pescadores do litoral sul de Santa Catarina consideram que a safra ficou abaixo do esperado na região Sul. O mar agitado, as altas temperaturas registradas no litoral catarinense e até mesmo um ciclone afastaram os cardumes. As informações são do portal Engeplus.

 

Até agora, na Colônia de Pesca Z-33, foram pescadas cerca de 50 toneladas de tainha. Um saldo ruim se comparado à expectativa de chegar no mínimo as 80 toneladas capturadas há dois anos, conforme aponta o presidente da Colônia, João Piccolo.

 

Piccolo afirma que a safra não trouxe tantos prejuízos aos pescadores, mas os profissionais esperavam mais. “Em 2019, pescamos cerca de 50 toneladas também e por isso esse ano esperávamos mais.

 

Tínhamos a expectativa de 80 toneladas, chegamos a quase 50 toneladas. Apesar de a safra ser até o dia 31, muitos pescadores já estão trocando seus equipamentos de pescas”, explica.

 

De acordo com o presidente da Colônia, o início da safra foi boa, porém a partir de junho tudo piorou. “O mês de maio foi muito bom, mas só. A partir de junho começamos a ter problemas com o clima, pandemia e não tivemos um saldo positivo”, comenta.

 

Em agosto inicia a pesca da anchova e setembro já tem a da corvina também. “Os pescadores já estão se preparando para as próximas safras, esperamos que sejam melhores”, finaliza.

 

Até ontem, o sistema criado pela SAP/Mapa para monitorar as capturas reportadas deste recurso (SisTainha) mantinha o número atualizado em 08/07, de 40,4% para a cota de emalhe anilhado (artesanal) consumida até o momento (483 toneladas). Já as embarcações da frota industrial (cerco/traineira) pescaram até agora 7,9% do total da cota de 627 toneladas.

 

O sistema, fora do ar nesta manhã (em consulta às 8h57), continuava até ontem sem atualização para a pesca industrial em 2020 há mais de 1 mês.

 

Créditos da imagem: Flickr