Preço do pescado tem queda em junho, mas fecha semestre em alta
No geral, a inflação oficial do mês de junho desacelerou 0,08%
11 de julho de 2023
Os valores do pescado tiveram deflação de 0,27% no sexto mês do ano, entretanto a inflação do segmento fechou o semestre com alta, em 3,45%. E, no acumulado dos últimos 12 meses, em 4,40%. No geral, a inflação oficial do mês de junho desacelerou 0,08%, ficando 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,23% registrada em maio, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11) pelo IBGE.
Com a inflação registrada no semestre, o IBGE revela que as maiores altas no valores do pescado pesquisado foram do peixe filhote (15,35%), tainha (14,48%) e do caranguejo (9,37%).
Por sua vez, a deflação nos valores do pescado no 1ª semestre do ano foi principalmente no peixe peroá (5,69%), peixe serra (4,41%) e no cação (1,77%).
A pesquisa do IBGE contempla o pescado em domicílio, ou seja, comercializado no varejo.
IPCA geral foi de -0,08% em junho
O IBGE destacou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,08% em junho, 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,23%). Essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.
Deste resultado no mês, a Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%) foram os grupos que mais contribuíram, com impacto de -0,14 p.p. e -0,08 p.p no índice geral, respectivamente. Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).
“Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explica André Almeida, analista da pesquisa.
O grupo Alimentação e bebidas foi influenciado, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%). Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). Já a alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%).
“Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e indiretamente os preços das carnes e do leite, por exemplo. Essas commodities são insumos para a ração animal, e um preço mais baixo contribui para reduzir os custos de produção. No caso do leite, há também uma maior oferta no mercado”, explica Almeida.
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