Preços do pescado fecham ano de 2024 com alta de 0,81%
Varejo

Preços do pescado fecham ano de 2024 com alta de 0,81%

Em dezembro, com a demanda crescente no fim do ano, o índice registrou uma inflação de 0,51%

15 de janeiro de 2025

Os preços do pescado apresentaram variações ao longo de 2024, refletindo um cenário de desafios e ajustes no mercado nacional. De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação acumulada no ano para o segmento foi de 0,81%.
 
Em dezembro, com a demanda crescente no fim do ano, o índice registrou uma inflação de 0,51%, com destaque para espécies como o peroá, que teve alta mensal de 13,52%, e o filhote, com 4,83%. Por outro lado, itens como a tainha (-7,37%) e a anchova (-2,57) sofreram deflações no período.
 
Em uma análise do acumulado no ano, o mercado revelou comportamentos distintos entre as espécies:
 
• O peroá foi o grande destaque, acumulando alta de 47,86%;
• O salmão (6,18%), a corvina (6,21%) e o pintado (6,35%) também registraram alta;
• Já a tainha despontou como o maior recuo, com uma queda anual de -15,3%, seguida pela dourada (-6,85%) e pela pescada (-5,64%).
• Entre os crustáceos, o camarão apresentou leve retração acumulada de -1,69%, enquanto o caranguejo caiu -1,94%;
• As conservas mantiveram um desempenho modesto em 2024. A sardinha em conserva acumulou alta de 1,11%, enquanto o atum em conserva subiu 4,67%, reforçando seu apelo para consumidores que buscam praticidade e custo-benefício.
 
IPCA em dezembro vai a 0,52% e acumula 4,83% em 2024
 
Conforme o IBGE, em dezembro de 2024, o IPCA geral do Brasil foi de 0,52%, ficando acima da taxa de novembro (0,39%), embora tenha permanecido abaixo da taxa registrada em dezembro de 2023 (0,56%). Com isso, o índice oficial de inflação do país fechou o ano acumulando alta de 4,83%, superando em 0,21 ponto percentual (p.p.) o IPCA de 2023 (4,62%) e ficando 0,33 p.p. acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
 
Os maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 pontos percentuais para o IPCA do ano. Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos (de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente) sobre o IPCA do ano. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
 
"O índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país. Além disso, assim como em 2023, a gasolina foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024”, comenta Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
 
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Créditos da imagem: Canva
 

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