Produção de ração para aquicultura crescerá aproximadamente 7% em 2021
Crescimento para 2022 é estimado em cerca de 5%
13 de dezembro de 2021
O avanço da aquicultura brasileira fará com que as rações para peixes e camarões, cresçam à taxa de aproximadamente 7% em 2021, de acordo com Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, em entrevista coletiva na última sexta-feira (10).
“No próximo ano, levando em conta o que a gente ouve da associação que que trata dos interesses dos produtores, a gente ainda consegue no mínimo, estimar um crescimento para 2022 de pouco mais de 5%”, completou Zani.
O CEO do Sindirações também revelou que a produção brasileira de rações e sal animal registrou em 2021 um crescimento positivo. “A estimativa é de avanço de até 4,5% e produção de 85 milhões de toneladas de alimentos, em resposta ao dinamismo da cadeia produtiva de proteína animal e também ao impulso do fenômeno da humanização dos pets”.
O resultado confirma o bom desempenho do agronegócio brasileiro, e praticamente repete o desempenho de 2020, quando registrou crescimento de 5% e produção total de 81,5 milhões de toneladas.
As outras proteínas
A suinocultura deve alcançar recorde de exportações, principalmente por conta dos embarques para a China. A avicultura de corte também alcançou promissor desempenho no atendimento à demanda externa, além da doméstica, enquanto a produção de ovos redundou crescimento apenas marginal, ainda que sustentado pelo consumidor que optou por essa proteína animal mais ajustada ao seu orçamento financeiro. “Respectivamente, a contabilidade pode resultar incremento de 6%, 4% e até 1,5% nas rações para suínos, frangos de corte e poedeiras”, informou Zani.
Já as cadeias pecuárias de corte e leiteira enfrentaram os desafios do ano de maneira bastante distinta. “Apesar de ambas as atividades serem atingidas pelas péssimas condições de pastagens, custo proibitivo dos grãos, da suplementação mineral e dos concentrados e outros insumos indexados ao dólar”, diz.
O confinador vislumbrou a arroba favorecida pelo efeito da paridade do preço pago pela carne bovina exportada, conseguiu compensar em boa medida o impacto da inflação do câmbio desvalorizado e assim investiu na suplementação mineral e na alimentação industrializada. “Por sua vez, a produção leiteira, com distribuição majoritariamente interna e despojada da receita dolarizada, padeceu bastante, inclusive por causa do esfriamento da demanda por lácteos em geral nas prateleiras do comércio varejista”, esclareceu o CEO do Sindirações. A previsão aponta para um avanço de 4% na alimentação de bovinos de corte e estabilidade no caso das rações para o rebanho leiteiro.
Ainda segundo Zani, o convívio com os cães e gatos, ocorrência intensificada pelo recente isolamento social imposto pela pandemia, compeliu os respectivos tutores demandar mais alimentos completos e balanceados, cuja estimativa é ter incrementado 8% ao longo do ano.
“As projeções mais otimistas permitem asseverar que em 2022, as amenidades climáticas contribuirão na recomposição dos estoques globais e no razoável alívio nos preços dos cereais e oleaginosas, ainda que, no Brasil os valores, pressionados pelo câmbio, continuarão posicionados em patamar superior ao historicamente praticado”, falou.
Com isso, ele ressalta que a expectativa é de cenário bastante distinto daquele que sofreu as adversidades que abateram as pastagens e a produtividade do milho da segunda safra passada e a preocupação com hipotética privação para abastecimento e cumprimento dos compromissos com a exportação. “Muito embora setor deve manter constante vigilância diante da hipotética escassez de fertilizantes e defensivos.”
Créditos: Seafood Brasil
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