Restaurantes no Brasil: desafios recentes e perspectivas para 2025
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Restaurantes no Brasil: desafios recentes e perspectivas para 2025

Por Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR)*

20 de dezembro de 2024

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*Artigo escrito para o Anuário Seafood Brasil #55

Os últimos anos não foram fáceis para a cadeia do food service no Brasil, que inclui restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, entre outros. Pandemia, inflação e mudanças de hábitos sociais contribuíram para um cenário de instabilidade. No entanto, o setor demonstrou resiliência.

Com a perspectiva de um ambiente econômico mais estável, ainda que modesto, bem como o contínuo investimento em tecnologia e inovação, 2025 pode ser o ano em que o segmento entrará em uma nova fase de crescimento e desenvolvimento.

Desafios que permanecem

Após a fase crítica da pandemia, muitos negócios precisaram fechar suas portas, o que fez o desemprego atingir níveis alarmantes, com mais de 15 milhões de pessoas sem trabalho no primeiro trimestre de 2021, segundo o IBGE. Em 2022, o setor ainda enfrentou um aumento significativo na inflação dos alimentos, o que pressionou as margens de lucro, já que os restaurantes absorveram parte desse impacto.

No entanto, o ano de 2023 representou um momento crucial para o food service, marcado pela tentativa de estabilização financeira e pela busca de soluções para atenuar os danos acumulados. A expectativa era que a redução gradual das taxas de juros e o controle da inflação contribuíssem para a recuperação das margens de lucro e a revitalização do setor, permitindo a redução do passivo acumulado.

No entanto, em 2024, o ramo de alimentação fora do lar ainda enfrenta obstáculos, mas com um cenário bem mais promissor. Apesar dos desafios contínuos, como evidenciado pela queda de 0,2% no faturamento do setor em abril, após 5 meses consecutivos de alta, a perspectiva geral permanece positiva. A inflação em maio, que atingiu 0,50%, trouxe um novo aumento de preços, mas a recuperação segue firme.

A inovação e a adaptação, com foco no investimento em tecnologia e nos ganhos de produtividade, continuam sendo fundamentais para o crescimento do segmento. Muitos estabelecimentos estão, agora, mais bem preparados para expandir e explorar novos modelos de negócios. Isso também exerce pressão sobre os fornecedores, que precisarão encontrar formas de reduzir custos ou oferecer uma gama mais ampla de produtos e serviços.
 

 

Este texto faz parte da série de artigos publicados no Anuário Seafood Brasil #55. Para ler este e outros artigos na íntegra presentes nesta edição, clique aqui.


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