Setor se reúne em Jaboticabal para debater sanidade na piscicultura
XII Workshop Internacional de Sanidade em Piscicultura começou nesta quarta-feira (13) e vai até a sexta-feira (15)
14 de julho de 2022
O XII Workshop Internacional de Sanidade em Piscicultura começou nesta quarta-feira (13), e reuniu o setor produtivo, pesquisadores e interessados para debater as principais demandas da sanidade no Centro de Convenções - Câmpus Unesp/FCAV, em Jaboticabal (SP).
O evento foi idealizado pelas pesquisadoras do Caunesp, Fabiana Pilarski e Daniela Nomura, com apoio dos membros do Laboratório de Microbiologia e Parasitologia de Organismos Aquáticos do Caunesp.
Após a cerimônia de Abertura, realizada pelo Prof. Dr. Leonardo Susumo Takahashi, a palestra “Status atual e perspectivas da aquicultura brasileira e mundial” foi apresentada por Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).
Medeiros destacou a longa participação da associação nos eventos anteriores e pontuou a importância da sanidade para a aquicultura nacional, sobretudo à tilapicultura. Conforme ele, recentemente, uma das empresas de sanidade revelou que o setor produtivo de tilapicultura gasta cerca de R$ 200 milhões por ano com a sanidade animal. “Não é uma questão científica, é uma questão de sobrevivência das empresas. Nós precisamos disso para continuarmos ganhando dinheiro”, disse.
Ao apresentar o status atual, o presidente da PeixeBR lembrou o crescimento da produção nacional e atuação no cenário internacional. Atualmente, conforme o Informativo Comércio Exterior de Piscicultura, as exportações brasileiras giram em torno de US$ 20,7 milhões, registrando um crescimento de 78% nas exportações, sendo que 64% são enviados aos EUA. Já a tilápia representa 88% desse total, com cerca de US$ 18,2 milhões em 2021. "Quando a gente fala em resultados de trabalho, os números têm que falar por si só”, completa.
Na sequência, Brunno da Silva Cerozi debateu como "Como alimentar e vestir 9 bilhões de pessoas em 2050: O papel dos sistemas de agricultura-aquicultura integrados". Segundo o especialista, a crescente população mundial tem buscado comer cada vez mais e o desafio é aumentar a produção de alimentos diante de outras coisas, inclusive o cenário de incertezas trazido pelas mudanças climáticas.

“O nexo: água, energia e alimentos. Não dá mais para pensar de maneira compartimentalizada. Não dá mais para pensar que o piscicultor não tem nada a ver com o produtor de milho, que não tem nada a ver com o cara que fabrica carros e assim por diante... Não dá mais para mexer em um desses itens sem mexer com todo o resto”, pontua.
A programação do dia ainda contou com a apresentação sobre “O uso responsável de antimicrobianos”, de Jonas A. R. Paschoal; “Panorama dos aditivos usados para incrementar a saúde dos animais de produção” de Sígfrid López Ferrer, da INDUKERN; e o “Cooperativismo: uma ferramenta para aumentar a produção e reduzir doenças”, com Diogo Yamashiro, da Cooperativa Agroindustrial C. Vale.
Público-alvo
O evento é destinado para piscicultores, técnicos, indústrias, pesquisadores e interessados na área da sanidade aquícola.
Programação
Dia 13/07/2022
8h às 9h30 – Inscrição, entrega do material e recepção aos participantes
9h30 às 10h – Cerimônia de abertura
Prof. Dr. Leonardo Susumo Takahashi (Coordenador Executivo do Centro de Aquicultura da Unesp-CAUNESP)
10h às 11h – Status atual e perspectivas da aquicultura brasileira e mundial, com Francisco Medeiros (PEIXE BR)
11h às 12h – Como alimentar e vestir 9 bilhões de pessoas em 2050: O papel dos sistemas de agricultura-aquicultura integrados, com Dr. Brunno Da Silva Cerozi (ESALQ – USP)
12h às 12h15 – Intervalo para perguntas
12h15 às 14h – Intervalo para almoço
14h às 15h – O uso responsável de antimicrobianos, com Dr. Jonas A.R. Paschoal (USP - Ribeirão Preto)
15h às 16h – Panorama dos aditivos usados para incrementar a saúde dos animais de produção, com Sígfrid López Ferrer (INDUKERN)
16h às 17h - Café com prosa
17h às 18h – Cooperativismo: uma ferramenta para aumentar a produção e reduzir doenças, com Diogo Yamashiro (Cooperativa Agroindustrial C. Vale)
18h às 18h30 – Intervalo para perguntas
20h – Jantar de Confraternização
Dia 14/07/2022
8h às 9h – Uso de probióticos na aquicultura como ferramenta para melhorar o desempenho produtivo e contribuir com a saúde dos peixes, com Dr. Renato Almeida (IMEVE)
9h às 10h – Acuicultura sustentable: Nuevas metodologías, certificaciones y programas para optimización del uso de fármacos en la producción de salmónidos de Chile, com Dra. Liane Ney Bassini (Universidad Andrés Bello – Chile)
10h às 11h – Café com prosa
11h às 12h – Estratégias de prevenção e controle de novas doenças na produção de tilápia, com Dra. Paola Barato (CORPAVET-MOLECULARVET SAS - Colômbia)
12h às 12h30 – Intervalo para perguntas
12h30 às 14h – Intervalo para almoço
14h às 15h – Parasitoses como causa de mortalidade e ocorrência de bacterioses na piscicultura, com Dra. Gabriela Tomas JerônimO (UFAM - Manaus)
15h às 16h – Enfermedades virales en Tilapicultura" una aproximación desde la experiencia del Salmon en Chile, com Hugo Roa Molina (PATHOVET)
16h às 17h – Café com prosa
17h às 18h – Chegada de novos vírus na piscicultura brasileira, motivo para desespero ou aprendizado?, com Dr. Pedro Henrique De Oliveira Viadanna (Universidade Da Flórida, Eua) – (confirmado palestra online)
18h às 18h30 – Intervalo para perguntas
Dia 15/07/2022
8h às 9h – Diagnóstico parasitológico, microbiológico, virológico e molecular das principais doenças de peixes produzidos no Brasil (preparação para a aula prática), com doutorando Inácio Mateus Assane (CAUNESP)
9h às 12h – Aula prática 1: Diagnóstico de doenças parasitárias, bacterianas e virais na piscicultura, anatomia e fisiologia de peixes, uso de ferramentas moleculares no diagnóstico definitivo de bactérias e vírus, com equipe do LAPOA
12h às 13h30 – Intervalo para o almoço
13h30 às 17h30 – Aula prática 1: Diagnóstico de doenças parasitárias, bacterianas e virais na piscicultura, anatomia e fisiologia de peixes, uso de ferramentas moleculares no diagnóstico definitivo de bactérias e vírus, com equipe do LAPOA.
Créditos: Seafood Brasil
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