Tecnologia da Epagri e UFSC monitora resíduos na maricultura de SC
Protótipo inédito quantifica resíduos de ostras e mexilhões com sensores e IoT para apoiar decisões sustentáveis
09 de julho de 2025
Um protótipo desenvolvido em parceria entre a Epagri e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promete avançar o monitoramento ambiental na maricultura catarinense. Com uso de alta tecnologia, em resumo, o equipamento analisa o impacto da criação de moluscos bivalves — como ostras e mexilhões — no ecossistema marinho.
Em síntese, o diferencial do sistema está na tecnologia embarcada: sensores de vazão, conectados a um módulo de transmissão de dados via Internet das Coisas (IoT), enviam informações em tempo real para a sede da Epagri, em Florianópolis. A ferramenta já passou por testes laboratoriais e está apta para uso em estudos científicos.
Para ficar por dentro da maricultura catarinense, confira nossa matéria de Capa da Seafood Brasil #48 clicando aqui.
Precisão no monitoramento de resíduosEm resumo, o equipamento simula um ambiente marinho com 12 compartimentos que abrigam moluscos vivos. Sendo assim, a água do mar é conduzida para o sistema, e os sensores medem com precisão o volume de água filtrado e a produção de fezes e pseudofezes pelos animais.
“Como os moluscos se alimentam filtrando a água, a qualidade do alimento influencia diretamente a quantidade de resíduos produzidos, o que pode gerar acúmulo no fundo do mar e impactos ambientais”, explica Luis Hamilton P. Garbossa, pesquisador e gerente da Epagri/Ciram. Os dados são acompanhados em tempo real por meio de um aplicativo próprio.
Base para decisões técnicas e sustentáveisSegundo Garbossa, o novo sistema permitirá avanços significativos na compreensão da dispersão desses resíduos no ambiente marinho. “A ferramenta apoia decisões mais eficientes sobre o uso das áreas de cultivo, adaptando tecnologias internacionais à realidade brasileira”, ressalta.
A pesquisa integra o projeto “Análise da operação unitária de sedimentação das fezes e pseudofezes de moluscos bivalves”, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Além disso, a iniciativa está alinhada aos compromissos da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, promovida pela ONU, reforçando o papel da Epagri no fomento à maricultura sustentável no Estado.
Créditos imagens: Seafood Brasil
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