Uma análise do 1° mês das tarifas dos EUA sobre o pescado brasileiro
Primeiro mês de tarifas dos EUA expõe dependência do mercado e gera queda expressiva nas exportações brasileiras
Wilson Santos - 10 de setembro de 2025
O tarifaço imposto ao pescado brasileiro pelos Estados Unidos já está em vigor. Porém, um mês ainda é muito pouco para definir tendências definitivas em recursos com forte influência de sazonalidade, tanto de oferta quanto de demanda. No entanto, a amostra deste primeiro mês já se mostra bastante elucidativa.
Sendo assim, realizei uma análise considerando como referência o mês imediatamente anterior a implementação da tarifa, ou seja: 1° mês de tarifa em agosto de 2025, usando como referência o mês anterior (julho de 2025). Confira a seguir:
Total das exportações brasileiras
As exportações brasileiras de pescados, em resumo, tiveram queda em agosto de 25,8 %, resultado este que trouxe um impacto de US$ 10,9 milhões quando comparadas com mês de julho. Neste contexto, é possível observar que ocorreu queda nos dois maiores mercados dos produtos brasileiros: EUA (-35,4%) e China (-36,8%).
Ainda em 2025, no período janeiro a agosto, os Estados Unidos representaram 58% do destino de nossas exportações, ficando à frente da China, que em segundo lugar, representou 11%. Porém, se formos considerar apenas o mês de agosto, a participação dos Estados Unidos caiu para 44%, enquanto China contabilizou 16% de nossas exportações.
Comparação agosto de 2025 com julho de 2025 – total Brasil
Total das exportações Brasileiras para os Estados Unidos
Filtrando a análise nas exportações para o país americano, que como dito anteriormente, é nosso maior destino, observa-se que em agosto de 2025, houve uma queda de US$ 7,5 milhões, que por sua vez, representa 69% do total da queda das exportações ocorridas em agosto de 2025.
Principais espécies exportadas para os Estados Unidos
Fazendo um filtro por espécies impactadas nas exportações para os Estados Unidos, a tabela abaixo mostra uma queda generalizada, onde apenas duas espécies não apresentaram queda de exportação.
Neste contexto, o grupo de maior impacto financeiro foi a lagosta, que registrou uma queda de US$ 3,3 milhões, seguido pelo grupo das tilápias, que constatou déficit US$ 1,9 milhões. No entanto, a espécie que obteve um impacto positivo significativo foi o pargo, contabilizando um crescimento de US$ 1,3 milhões.
Já a média mensal nas exportações para os Estados Unidos em 2025 (de janeiro a agosto) é de US$ 18,3 milhões. Por fim, o resultado de agosto 2025 foi de US$ 13,7 milhões, ou seja, 25% abaixo da média mensal.
Fazendo um filtro por espécies impactadas nas exportações para os Estados Unidos, a tabela abaixo mostra uma queda generalizada, onde apenas duas espécies não apresentaram queda de exportação.
Neste contexto, o grupo de maior impacto financeiro foi a lagosta, que registrou uma queda de US$ 3,3 milhões, seguido pelo grupo das tilápias, que constatou déficit US$ 1,9 milhões. No entanto, a espécie que obteve um impacto positivo significativo foi o pargo, contabilizando um crescimento de US$ 1,3 milhões.
Já a média mensal nas exportações para os Estados Unidos em 2025 (de janeiro a agosto) é de US$ 18,3 milhões. Por fim, o resultado de agosto 2025 foi de US$ 13,7 milhões, ou seja, 25% abaixo da média mensal.
Valor unitário das exportações
Em resumo, ocorreu queda generalizada nos principais produtos exportados:
Estados impactados
Analisando o impacto por Estado, o Ceará é o mais impactado com US$ 3,8 milhões, seguido pelo Paraná com US$ 1,2 milhões.
Pelo lado positivo, aparece o Pará com US$ 1,3 milhões, impactado pelo grupo do “Pargo” e “Outros Peixes Congelados”. Já o Pernambuco contabilizou US$ 0,4 milhões, que por sua vez, foi impactado pela “Lagosta” e “Outros peixes”, tanto os congelados como os resfriados.
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Créditos imagens: Canva
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- Engenheiro Industrial Químico e Diretor Industrial da Coqueiro- Quaker por 25 anos. Atualmente na área de consultoria com empresa WS Consultoria. wsconsul58@gmail.com


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