108 plantas de pescado brasileiras podem exportar para a China
Indústria

108 plantas de pescado brasileiras podem exportar para a China

País autoriza mais 11 empresas e habilitação representa uma alternativa real à crise com a retomada de compras asiáticas

11 de abril de 2020

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O governo chinês anunciou a liberação de 108 plantas de pescado brasileiras para exportação ao país, das quais 11 operam com peixes de cultivo, como tilápia, truta e tambaqui. 
 
A Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) celebrou o credenciamento de mais 11 empresas neste momento, antes eram 97 empresas brasileiras habilitadas para vender seus produtos para a China. A habilitação representa uma alternativa real à crise com a retomada de compras asiáticas. ““É uma demanda antiga da atividade. Com a habilitação, temos a oportunidade real de enviar nossos produtos para um grande mercado consumidor, que tem sido o principal destino das exportações brasileiras”, declarou Francisco Medeiros, presidente da PeixeBR.
 
Conforme ele, a atuação da entidade junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi fundamental para essa vitória do setor. “Estamos celebrando pois temos confiança na qualidade do peixe brasileiro, que atende aos mais altos padrões de qualidade e segurança alimentar. Trabalhamos constantemente para melhorar os nossos processos, eliminando possibilidades de falha ou irregularidade de fornecimento”, avalia Medeiros.
 
As novas empresas habilitadas para exportação de tilápia para a China são: Copacol (PR), Netuno (BA), Trutas NR (MG), Vitalmar (SC), Global Food (SP), C.Vale (PR), Zaltana (RO), Frigopesca (MT), Lakes Fish (GO), Pescado DuVale (RO) e Bem Bom Pescados (GO).
 
China dobra compras
 
Em janeiro, a China anunciou que os gastos com as importações de pescado em 2019 cresceram 39% em 2019, totalizando US$ 15,3 bilhões. O dispêndio coloca os chineses apenas atrás dos Estados Unidos e à frente do Japão no ranking mundial de importadores de pescado (Leia mais aqui).
 
O resultado aconteceu em meio a uma diminuição no ritmo de crescimento do PIB naquele país, que subiu "apenas" 6,1% no ano passado. O apetite chinês pelo pescado mundial não dava sinais de desaceleração, no entanto: as importações já haviam crescido 44% em 2018, o que mostra um dispêndio quase duas vezes maior com peixes e frutos do mar comprados em todo o mundo.
 
Atento à falta de participação do Brasil neste cenário, o Mapa recebeu no começo do ano, em Brasília (DF), representantes do setor da aquicultura e pesca, da indústria e produtores de várias regiões do Brasil para debater os caminhos que visavam ampliar as vendas para o mercado externo e expandir o consumo de pescado pelo brasileiro. 
 

Créditos da imagem: PxHere

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