Apesar de desafios, comercialização dos atuns no RN segue avançando
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Apesar de desafios, comercialização dos atuns no RN segue avançando

Atuns e afins foram responsáveis por 11.687 toneladas das 59.985 toneladas de pescado exportadas pelo Brasil em 2023

08 de abril de 2024

Com certeza, o atum pode ser considerado como uma das joias mais preciosas do Oceano - afinal, algumas espécies chegam a alcançar tamanho, peso e tempo de vida que são distintos de inúmeros outros peixes. Além disso, a depender da espécie, o peixe chega a ser extremamente valioso e comercializado a valores exorbitantes nos mercados mais nobres do planeta. 
 
Mas, muito mais do que isso, o atum ainda é um dos principais símbolos do Oceano porque desempenha um papel importante em inúmeras nações. No Brasil, por exemplo, suas pescarias impactam positivamente a pesca artesanal, a industrial e ainda a economia do País, já que a atividade está diretamente ligada à geração de empregos locais, à cadeia de abastecimento - sobretudo de restaurantes orientais –, à produção em escala para enlatados e, principalmente, às exportações.
 
Prova disso é que no comércio brasileiro internacional de pescado, os atuns e afins foram responsáveis por 11.687 toneladas das 59.985 toneladas de pescado exportadas pelo Brasil em 2023, conforme dados do Painel do Pescado. Já o crescimento do volume de atuns e afins em relação ao ano anterior foi de 8,99% e pelo total exportado, o País somou na receita US$ 59.889.358, alta de 8,92% em comparação a 2022. 
 
Entretanto, no período, o destaque ficou a cargo do preço médio que, apesar da ligeira queda de 0,042%, encerrou o ano a US$ 5.125. Após sofrer baixa em 2020, período inicial da pandemia da Covid-19, o preço médio dos atuns e afins vem seguindo uma tendência de crescimento e estabilizando-se ano a ano.
 
 
Os principais destinos do atum brasileiro 
 
 
 
 
No top 3 países destinos das exportações de atuns e afins, a República Dominicana vem em terceiro lugar, com 1.227 toneladas, salto de 25,2% quando comparada ao mesmo período do ano retrasado. Já em segundo lugar está a Argentina, que conta com 2.746 toneladas, salto de 22,6% em relação a 2022.
 
Porém, em primeiríssimo lugar, permanece os EUA. Em 2023, aos norte-americanos foram enviadas 3.322 toneladas, embora tenha sofrido uma queda de 7,15% em relação a 2022. Por esse volume, o Brasil recebeu US$ 26.681.815, a um preço médio de US$ 8,031. Mas, no último semestre de 2023 e início deste ano, o que tem sido visto é um comportamento “atípico” no mercado americano de baixa de preços e baixa demanda. 
 
“Tem se tornado um grande desafio para a indústria nacional que vem destinando cada vez mais atuns de alta qualidade para o mercado de São Paulo, que tem correspondido à altura de um grande mercado de classe mundial, haja visto o grande número de restaurantes orientais na Grande São Paulo”, explica Rodrigo Hazin, presidente da Norte Pesca.
 
Conforme ele, as notícias do mercado americano, embora indique um crescimento da economia, é de que a venda de pescado nobre e caros, a exemplo de atum, salmão e camarão, está em queda, assim como os gastos da população em restaurantes – o que pode indicar uma retração do consumo norte-americano. Por outro lado, pescados populares como a sardinha e outros têm experimentado crescimento.
 
“Penso que isso explica esse comportamento de estabilidade das exportações do Rio Grande do Norte. Com a baixa de preços e pouca demanda, os exportadores focaram nos atuns de maior grau de qualidade, o tipo 1. O tipo 2+, que sempre era destinado integralmente à exportação, passou a ser mais destinado ao mercado nacional de sushi e sashimi”, analisa.
 
Isso fez, segundo Hazin, com que as exportações reduzissem em 2023, “mas as margens ficaram preservadas, visto que não vem se mostrando rentável enviar atuns de excelente qualidade como o nº 2+ para o mercado norte-americano.” 
 
Essa matéria faz parte da Capa da #52 Seafood Brasil. Clique aqui e leia gratuitamente.
 
Créditos Seafood Brasil
 
 

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