Aquicultura vai liderar crescimento global de proteínas em 2023

Embora a produção global de proteína animal deva crescer modestamente em 2023, será mais um ano de mudanças para o setor. "A indústria enfrentará altos custos ao longo de toda a cadeia de suprimentos, oscilações no consumo e outras áreas de incerteza para os produtores, como pressão elevada de doenças e mudanças regulatórias e impulsionadas pelo mercado", aponta um novo relatório do Rabobank (acesse aqui, em inglês) sobre o comportamento do mercado de proteínas animais para o ano que vem.

 

O documento coordenado pelo estrategista global em proteínas animais do banco, Justin Sherrard, vislumbra, como consequência, margens espremidas à medida que os compradores recuarem nos custos de produção mais altos. Ainda assim, oportunidades ainda existem, embora sejam mais restritas. "Vemos o crescimento favorecendo produtos com boa relação custo-benefício, produtores e processadores eficientes, empresas ágeis, exportadores beneficiados por movimentos cambiais e produtores biosseguros", diz.

 

 

 

A tendência geral para 2023 é que o crescimento da produção desacelere ainda mais, com pequenos ganhos em algumas regiões, mas contração em outras para as principais espécies terrestres. Um crescimento lento é esperado na China em todos os grupos de espécies, e um crescimento contínuo é esperado no Brasil e no Sudeste Asiático. A Oceania experimentará um crescimento lento, enquanto a produção norte-americana e europeia se contrairá.

 

A aquicultura lidera o crescimento global em todos os grupos de espécies, mais uma vez, e sua expansão contínua é apoiada por sua relativa independência dos preços das commodities agrícolas. A avicultura deve manter seu padrão de crescimento consistente, a captura selvagem deve se expandir ligeiramente, a produção de carne bovina diminuirá ligeiramente e a carne suína sofrerá um declínio.

 

Pontos-chave do pescado

Uma forte presença no varejo sustentará os preços em 2023, apesar do enfraquecimento dos fundamentos macroeconômicos.

 

A oferta continua forte, apesar dos preços mais baixos e custos mais altos. Espera-se que o Equador e a América Latina continuem impulsionando a oferta de camarão cultivado em 2023.

 

Os preços das commodities concorrentes sustentam os preços de ambos, o que pode diminuir um pouco em 2023.

 

2023 será um ano de consolidação. O recente crescimento estelar de produtos à base de plantas está em espera e os investidores estão mudando o foco.