As saborosas oportunidades fisgadas pelo pescado do Alasca
Por Vanessa Pamio Ribeiro, Trade & Marketing da Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI)
22 de novembro de 2024
*Artigo escrito para o Anuário Seafood Brasil #55
Na América Latina, após anos de desafios econômicos marcados por altas taxas de inflação e desvalorização das moedas, alguns países começam a apresentar sinais de recuperação econômica, o que pode impactar positivamente o comércio de pescados. No entanto, em 2023, o setor ainda enfrentou as consequências das instabilidades de 2022, resultando em uma queda generalizada nas importações de pescados na região.
Nesse contexto, as exportações de peixes do Alasca para a América do Sul apresentaram uma pequena desaceleração em 2023. De modo geral, a região sofreu uma redução de 28% em termos de valor, evidenciando os desafios persistentes no mercado. No entanto, ao analisar os países individualmente, o Brasil destacou-se como o principal destino das exportações de pescados do Alasca, totalizando 1.957 toneladas e gerando mais de 6 milhões de dólares em receitas.
Esse desempenho reflete um panorama brasileiro favorável para a importação de pescados. Os salmões selvagens das espécies keta e sockeye registraram aumentos significativos nas exportações norte-americanas para o Brasil em comparação a 2022. Além disso, a genuína polaca do Alasca reemergiu com força nas importações brasileiras, atingindo um pico expressivo de 274 toneladas, a maior quantidade importada nos últimos cinco anos.
Outros mercados de destaque na América do Sul incluem o Equador, com 1.753 toneladas, seguido por Chile, Colômbia e Venezuela, que também exerceram papéis significativos no comércio regional.
Com base nos resultados das exportações de 2023, especialmente o forte desempenho no Brasil com espécies de salmão e o retorno expressivo da polaca do Alasca, 2024 continua a apresentar um comportamento similar nas importações. Até junho, a região já havia recebido 1.995 toneladas de peixe do Alasca, contabilizando US$ 7,9 milhões.
Já em 2024, o mercado de consumo de pescados na América Latina continua em crescimento, à medida que a população sul-americana se torna cada vez mais habituada a incluir peixes em sua alimentação diária, alcançando um consumo per capita aproximado de 10 kg por habitante anualmente. Esse crescimento abre novas oportunidades para o mercado, que busca atender ao crescente apetite dos consumidores, gerando maior demanda por produtos destinados tanto a restaurantes, quanto às gôndolas de supermercados para preparo doméstico.
No cenário internacional, o Brasil se destaca como um dos países da região com aumento no volume de importações entre janeiro e julho, registrando um crescimento de 7% nas exportações norte-americanas para o País. As principais espécies de pescados incluem o salmão keta selvagem, a genuína polaca do Alasca e o surimi.
O ano de 2024 também abriu portas para a introdução de novas espécies no mercado. Entre elas, o halibut, que agora chega ao mercado brasileiro e se destaca como um peixe branco de textura firme, com grande rendimento, valor nutricional e sabor aprimorado. Devido à sua versatilidade na cozinha e às diversas possibilidades de preparo, o halibut rapidamente se consolida como uma excelente escolha para os consumidores de pescados.
Adicionalmente, a 21ª Semana do Pescado, que ocorreu de 01 a 15 de setembro em todo o País, representa uma oportunidade significativa para o setor. Com o objetivo de impulsionar o consumo de pescados em pelo menos 30% em comparação ao período normal de vendas, a Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI), liderada pela Claudia Lecarnaque, desempenha um papel ativo na promoção do evento, buscando aumentar a conscientização sobre os benefícios do consumo de peixes para a população brasileira e apresentar, em primeira mão, os produtos selvagens, naturais e sustentáveis do Alasca.
Este texto faz parte da série de artigos publicados no Anuário Seafood Brasil #55. Para ler este e outros artigos desta edição na íntegra, clique aqui.
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Créditos imagem: Seafood Brasil
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