Dia do Pescador: Capitão Francisco foi fisgado pelo destino
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Dia do Pescador: Capitão Francisco foi fisgado pelo destino

Ele é exemplo de dedicação e conexão com o mar e foi o "Personagem" da #53 Seafood Brasil

28 de junho de 2024

O Dia do Pescador é comemorado neste sábado (29), em homenagem a São Pedro, o apóstolo pescador e padroeiro dos pescadores. Com atuação em diversos segmentos, seja por lazer ou ofício, o pescador(a) está sempre em contato com a natureza, garantindo o sustento de sua família. Francisco das Chagas Gomes de Souza é um exemplo dessa dedicação e conexão com o mar. Apesar dos esforços contrários de seu pai, Francisco foi capturado pelo destino que, há quase 20 anos, é a linha condutora que guia sua história como pescador. Ele foi o "Personagem" da edição #53 da Seafood Brasil.
 
Em certo momento, a série Dark, famosa obra de ficção científica da Netflix, diz: “Você não conhece o seu final, mas o seu final conhece você”. Esta frase é uma reflexão sobre como o destino atua em nossas vidas, mas também ajuda a entender a história de Francisco das Chagas Gomes de Souza, capitão da embarcação Flávia Monteiro, como pescador há 19 anos. 
 
Filho da professora Maria e do pescador Antônio, Souza nasceu e mora na cidade de Rio do Fogo (RN). E foi na família que o destino começou a fisgar. “Com 2 anos, fui morar com meu avô, que também era pescador e desde pequeno, sonhei trabalhar com pesca”, relembra. “Porém, meu pai fez de tudo para que eu não me tornasse pescador. Ele queria que eu estudasse para arrumar um emprego bom e ter uma vida melhor.” 
 
Apesar de não ter tido a oportunidade de fazer faculdade, Souza finalizou o segundo grau e serviu à aeronáutica por 4 anos. “Após esse período, em 2005, tirei minha carteira de pescador profissional e no ano seguinte, comecei a trabalhar em um barco de pesca que passava 60 dias em alto mar. De lá para cá, nunca mais parei”, diz ele que atualmente, captura em seu barco, o Flávia Monteiro, atum e outras espécies como meca, tubarão azul, dourado e cavala. 
 
No entanto, um detalhe influenciou sua história como pescador: ele havia se casado em 2004 com Silvana, sua atual esposa e mãe de seus filhos. E, para quem trabalha com pesca em alto mar, sabe que a questão familiar é algo complicado de lidar. “Lembro que quando eu era pequeno, o momento mais difícil era ver meu pai e avô viajarem e ficarem 3 meses fora de casa.” 
 
Essa barreira ainda é um problema para o capitão que hoje, se vê do lado que seu pai e avô já estiveram um dia. “Geralmente, fico de 20 a 25 dias no mar e com mulher e três filhos, é muito difícil. Sinto muita falta deles e eles de mim. Essa é a pior parte de ser pescador: a saudade da família”, conta. Mesmo com essa questão, o sentimento pela pesca fala mais alto. “Quando minha esposa brinca dizendo que eu deveria procurar outro trabalho, sempre digo que não sei fazer outra coisa. Eu amo o que faço!”
 
Cuidar da integridade de seus tripulantes contra acidentes é outro grande desafio enfrentado pelo capitão. “Na verdade, esse é o meu maior medo em alto mar”, revela. Ele conta que hoje em dia, o apoio marítimo em caso de acidente melhorou, mas está longe do ideal. “Por isso, o que me resta é ter algo que todo pescador tem de sobra: fé em Deus. Oro sempre por proteção para que possamos voltar em segurança para nossas famílias.”
 
Mas, e se algum de seus filhos quiser ser pescador? “Hoje, por entender muito bem o que e como meu pai pensava, eu falaria para nenhum deles seguir na pesca”, responde com humor, justificando ao revelar seu maior sonho. “Quero fisgar oportunidades para que meus filhos estudem, façam faculdade e trabalhem em um bom emprego.” 
 
Leia a matéria completa na Seafood Braasil #53. Clique aqui.

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