FAO/Sofia 2024: Pela primeira vez, a aquicultura global supera a pesca
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FAO/Sofia 2024: Pela primeira vez, a aquicultura global supera a pesca

Produção global de aquicultura e pesca atingiu um novo recorde em 2022

13 de junho de 2024

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A produção global de aquicultura e pesca atingiu um novo recorde em 2022 com 223,2 milhões de toneladas, um aumento de 4,4% em relação a2020. Desse total, o destaque foi a aquicultura com 130,9 milhões de toneladas, das quais 94,4 milhões de toneladas são animais aquáticos (51% do total). Isso significa que, pela primeira vez, a aquicultura superou a captura pesqueira, que respondeu por 92,3 milhões de toneladas em 2022.
 
As informações foram divulgadas no recente relatório  “The State of The World Fisheries and Aquaculture (SOFIA 2024)”, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), no sábado (08).
 
Conforme o relatório, o crescimento da aquicultura indica a sua capacidade de contribuir ainda mais para satisfazer a crescente procura global de alimentos aquáticos, mas a futura expansão e intensificação devem dar prioridade à sustentabilidade e beneficiar as regiões e comunidades mais necessitadas. 
 
Produção aquícola X produção pesqueira
 
Já a produção pesqueira de captura global permaneceu estável desde o final da década de 1980. Do volume produzido em 2022, 11,3 milhões de toneladas vieram de captura interior e 81 milhões de toneladas de captura marinha. A publicação destaca que, apesar do crescimento da aquicultura, a pesca continua a ser uma fonte essencial de produção de animais aquáticos. Já a maior parte da produção pesqueira de captura vem de estoques sustentáveis.
 
“A FAO saúda as conquistas significativas até agora, mas são necessárias mais ações transformadoras e adaptativas para fortalecer a eficiência, a inclusão, a resiliência e a sustentabilidade dos sistemas alimentares aquáticos e consolidar o seu papel na abordagem da insegurança alimentar, na redução da pobreza e na governação sustentável”, disse o diretor da FAO, General QU Dongyu. “É por isso que a FAO defende a Transformação Azul , para satisfazer os requisitos globais de melhor produção, melhor nutrição, um ambiente melhor e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás.”
 
Consumo e comércio global de produtos aquáticos
 
A produção global de aquicultura e pesca compreendeu 185,4 milhões de toneladas de animais aquáticos e 37,8 milhões de toneladas de algas. Considerando o volume de animais aquáticos produzidos, 89% foram destinados ao consumo humano, que em 2022, correspondeu a 20,7 quilos per capita. 
 
O comércio global de produtos aquáticos gerou um recorde de USD 195 bilhões em 2022, envolvendo mais de 230 países e territórios. As exportações de animais aquáticos registram uma taxa média de crescimento anual de 7,2% em termos nominais e 4,0% em termos reais. 
 
A China continua sendo o principal exportador de produtos de origem animal aquática (12% em valor), seguida pela Noruega (8%), Vietnã (6%), Equador (5%) e Chile (4%). 
 
O maior importador foi os Estados Unidos (17%), seguido pela China (12%), Japão (8%), Espanha (5%) e França (4%). 
 
O grupo de espécies mais comercializadas em 2022 foram: salmonídeos (20% em valor), seguido por camarões e lagostim (17%), bacalhaus, merluzas e arincas (9%).
 
Projeções 
 
Em 2032, a FAO projeta um alcance produtivo de 205 milhões de toneladas de animais aquáticos. Dessas, 111 milhões de toneladas serão oriundas da aquicultura e 94 milhões de toneladas serão de pesca. 
 
Para a FAO, haverá um incremento de 12% no consumo aparente de alimentos de proteína aquática, alcançando uma média de 21,3 kg per capita no período, decorrência do aumento da renda e urbanização (da população), melhores práticas aplicadas nas atividades realizadas (após a captura, despesca e distribuição), assim como as tendências de consumo.
 
O relatório completo compõe um grupo de estatísticas e informações sobre a aquicultura, pesca e ações voltadas para a sustentabilidade pesqueira, além de tendências. Acesse aqui e leia na íntegra: 
 
Créditos: Seafood Brasil

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