Gastos com alimentação fora de casa passam R$ 61 bilhões, aponta IFB
Food Service

Gastos com alimentação fora de casa passam R$ 61 bilhões, aponta IFB

Com novo recorde em valores no food service, Sudeste e Nordeste são ainda responsáveis por 70% do tráfego total do setor

02 de setembro de 2024

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O Instituto Foodservice Brasil (IFB) divulgou os resultados de seu mais recente levantamento sobre o segundo trimestre de 2024, que por sua vez, apresenta um panorama abrangente e detalhado do setor de alimentação fora do lar no País.

Segundo o levantamento do IFB com o estudo CREST (Consumer Eating Share Trends), os consumidores gastaram um total de R$ 61,4 bilhões com food service, resultado esse que não só representa um aumento de 3% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior, mas também aponta o maior nível histórico já apurado. No caso do tráfego de visitas, foi totalizado 3,1 bilhões (uma ligeira queda de 1%) e o ticket médio mostrou incremento de 4%, alcançando R$ 19,74, (o que indica estabilidade em patamares elevados).

Já o Índice Desenvolvimento Foodservice (IDF) aponta que as vendas nominais apresentaram um crescimento robusto de 15,7% na comparação anual - na análise de mesmas lojas, esse índice foi de 12%, apontando recuperação consistente em diversos segmentos do mercado. Por fim, o levantamento também verificou um aumento significativo nas transações totais: 10,3%. Aqui, é importante lembrar que a inflação, medida pelo IPCA, registrou alta de 10,3% em junho de 2024, comparada a 4,7% em junho de 2023.

Desafios para o setor de food service

Ainda de acordo com o CREST, apesar da melhora, em resumo, o setor ainda enfrenta obstáculos importantes.

O primeiro envolve a persistência de preços elevados e a compressão da renda têm impactado o consumo fora de casa. Também existe aceitação social das marmitas que continua a subir, competindo diretamente com o food service tradicional. Além disso, a influência das apostas esportivas no orçamento dos consumidores precisa ser ressaltada: 22% dos brasileiros afirmam que apostam online, e isso tem consumido parte da renda que era destinada ao consumo em bares e restaurantes.

Diminuição do consumo pela classe B

Em síntese, as classes sociais revelaram dinâmicas distintas, com crescimento nas classes A e C, e redução nos dois estratos da classe B, o que merece atenção.

Segundo o levantamento, o Nordeste sinalizou tendência sazonal de baixa no tráfego, enquanto o Sudeste e o Nordeste representaram quase 70% do tráfego total do setor. Por outro lado, o Sul e o Centro-Oeste também mostraram desempenho positivo, puxados principalmente pelo Paraná e por Santa Catarina. Vale ressaltar ainda que de acordo com o estudo, a performance robusta do Rio Grande do Sul em termos de gastos também foi notável, especialmente em junho.

O CREST ainda analisou a evolução dos gastos e do tráfego em diferentes áreas do food service. O estudo concluiu que quase 80% do aumento de gastos entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024 veio de quatro segmentos principais: fine dining, lanchonetes, supermercados/hipermercados e redes de não empratados. No entanto, embora o tráfego tenha mostrado uma tendência mais fraca, o estudo revela que houve um avanço considerável ao longo do primeiro semestre de 2024, com um crescimento mais pulverizado, o que é importante para a recuperação do setor neste ano.

“Apesar do resultado histórico, os desafios no tráfego permanecem, especialmente no segmento de fast food, onde as lanchonetes se destacaram positivamente. No entanto, o full service mostrou estabilidade, e o segmento de conveniência teve uma boa performance”, aponta Ingrid Devisate, vice-presidente executiva do IFB.

Por fim, os canais de venda mantiveram-se estáveis, apesar de nova queda no delivery. Houve ainda variações nos períodos do dia, com crescimento pela manhã e durante o almoço, mas redução à tarde e à noite. Quanto aos dias da semana, segundo o levantamento, sexta-feira e sábado continuam se destacando, enquanto a segunda-feira apresentou forte declínio.

 

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Créditos imagem: Canva

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