IPCA: Pescado contrasta com alta de Alimentação e Bebidas em novembro
Analisando as 10 capitais federais, cinco delas testemunharam uma queda nos preços do pescado no mesmo período
12 de dezembro de 2023
No mês de novembro, o setor de Alimentação e Bebidas apresentou um crescimento significativo de 0,63%, superando os 0,31% registrados em outubro, e emergiu como o principal impulsionador da inflação no País durante esse período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice mensal geral atingiu 0,28%, ultrapassando em 0,04 ponto percentual a taxa do mês anterior (0,24%).
Contrapondo essa tendência de alta, o pescado destacou-se com uma deflação de 0,32% no mesmo período. Nos últimos 12 meses, embora tenha havido um aumento de 2,60% nos preços no varejo, a inflação acumulada nesse segmento foi de 2,28%.
Entre as espécies de pescado analisadas pelo IBGE em novembro, as principais deflações foram observadas em anchova (5,77%), serra (4,21%) e cavala (3,68%).
Analisando as 10 capitais federais, cinco delas testemunharam uma queda nos preços do pescado no mesmo período: 0,24% em Belém (PA), 2,38% em Fortaleza (CE), 0,06% em Recife (PE), 0,28% em São Paulo (SP) e 0,24% em Porto Alegre (RS).
IPCA geral
Em contrapartida, com o IPCA geral de novembro atingindo 0,28%. No acumulado do ano, a alta foi de 4,04%, e nos últimos 12 meses, de 4,68%, abaixo dos 4,82% observados no mesmo período anterior.
De acordo com o IBGE, além do segmento de Alimentação e Bebidas (0,63%), outros cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados também registraram aumento em novembro: Habitação (0,48%), Transportes (0,27%), Comunicação (-0,50%) e Despesas Pessoais (0,58%).
No âmbito da alimentação no domicílio, houve um aumento de 0,75% em novembro, influenciado principalmente pelos aumentos nos preços da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Entre as quedas notáveis, destacam-se o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).
A alimentação fora do domicílio, compreendendo os preços praticados em bares e restaurantes, desacelerou ligeiramente em novembro, registrando 0,32%, comparado aos 0,42% do mês anterior. A alta nos preços das refeições (0,34%) foi menos intensa em comparação com outubro (0,48%), enquanto o subitem lanche (0,20%) manteve uma variação próxima à do mês anterior (0,19%).
Créditos: Canva
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