Mudanças climáticas: a COP 29 para a pesca e aquicultura nacional
Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) participou do evento e apresentou o que o País propõe para enfrentar as mudanças climáticas
27 de novembro de 2024
Aconteceu no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29). Em resumo, o evento reúne em um só lugar países, líderes mundiais, representantes dos governos, organizações, pesquisadores e ativistas para debater e fomentar políticas e ações de combate às mudanças climáticas no mundo.
No evento, para representar a aquicultura e pesca brasileiras, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) esteve presente no evento junto com a delegação do País. Na ocasião, o secretário-executivo adjunto do Ministério, Lázaro Medeiros, que foi quem representou o MPA no evento, ressaltou sobre a importância do debate mundial sobre pesca e aquicultura no combate às mudanças climáticas.
“Tivemos êxito em apresentar nossos painéis sobre águas brasileiras, alimentos aquáticos, pesca amadora e esportiva sustentável e a participação social na construção de nossas políticas públicas, aqui, na COP 29. Também foi uma grande oportunidade para articularmos a participação dos setores na COP 30, que será realizada no Brasil, no próximo ano, convidando os setores pesqueiro e aquícola internacionais para esse próximo diálogo.”
Já Diógenes Lemainski, que é coordenador de Temas Técnicos e Comerciais do MPA e que participou do painel “Como os países estão tomando medidas climáticas em sistemas alimentares aquáticos”, onde pôde falar sobre os desafios climáticos do Brasil em relação a esses alimentos, ações de adaptação e mitigação e barreiras de investimento.
“Nosso setor enfrenta muitos desafios, mas fizemos progressos significativos no desenvolvimento, incluindo gestão e governança. O Brasil está enfrentando eventos climáticos sérios nos últimos anos, eventos que impactam no abastecimento de água, aumentam as temperaturas em corpos d'água e lagoas de aquicultura e reduzem a biodiversidade e a abundância em ecossistemas aquáticos, afetando a distribuição de recursos de peixes marinhos”, disse Lemainski.
A sustentabilidade no turismo de pescaO turismo de pesca amadora e esportiva do Brasil também foi apresentado no evento como um modelo de atividade sustentável, desenvolvida em parceria às comunidades locais indígenas e ribeirinhas.
A coordenadora-geral de Gestão Institucional do Ministério, Carolina Amorim, participou da COP 29, apresentando essa atividade brasileira para o mundo, assim como o Plano Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca Amadora e Esportiva.
“A parceria entre o MPA e o Ministério do Turismo, garantiu espaço na COP 29 para a temática da pesca esportiva, colocando-a como ferramenta para a conservação ambiental, promoção do turismo de base comunitária e a inclusão social’’, disse ela no evento.
Em resumo, o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contabilizando 116 mil espécies de animais e 46 mil espécies de plantas catalogadas, assim, respeitando as legislações ambientais e promovendo a atividade de maneira a preservar esses recursos, a pesca recreativa é uma ferramenta estratégica que envolve as comunidades no turismo e gera benefícios socioeconômicos localmente.
As mudanças climáticas na pesca e aquiculturaEsse evento foi importante para a aquicultura nacional, dado as características do nosso País: o Brasil tem, de forma aproximada, 8,5 mil quilômetros de litoral e, por possuir um território oceânico que cobre 5,7 milhões de quilômetros quadrados, é chamado de “Amazônia Azul”. Além disso, nosso território aquático detém 12% da água doce do mundo e ecossistemas como a Floresta Amazônica, o Pantanal, o Cerrado e a Mata Atlântica, permeados de importantes bacias hidrográficas.
Aqui no Brasil, em resumo, o MPA ressalta que mantém discussões dentro dos Comitês Permanentes de Gestão de Pesca (CPGs) sobre impactos climáticos e potenciais medidas de adaptação. Além disso, existe um programa com foco na modernização e descarbonização da frota, usando fundos nacionais; promoção de práticas resilientes, como sistemas multitróficos, tecnologia de bioflocos, aquaponia, sistemas de recirculação e instalações movidas a energia solar.
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Créditos imagem: Canva
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