Noruega entra em 3ª fase de colaboração com aquicultura no Brasil
Institucional

Noruega entra em 3ª fase de colaboração com aquicultura no Brasil

Seminário de cooperação mostra que noruegueses agora miram nas máquinas para cultivo e processamento

18 de novembro de 2019

O namoro engatou. Esta é a sensação deixada pelo III Encontro Noruega Brasil de Aquicultura, realizado em parceria pela Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) e a Innovation Norway para aumentar a colaboração entre os dos países na área aquícola.
 
"O primeiro encontro foi para nos conhecermos uns aos outros. No segundo a indústria da Noruega esteve presente e já tivemos trabalhos práticos. Hoje já temos dois projetos [em andamento] e, pelo que sabemos, sairemos daqui com dezenas de projetos encaminhados", pontuou o diretor-presidente da entidade, Francisco Medeiros.
 
Além das máquinas para o cultivo e processamento de pescado, o evento serviu para apresentar ao público brasileiro iniciativas concretas de investimento direto já na aquicultura. Foi o caso de Rhyder Ramos, um colombiano radicado em Trondheim que anunciou um investimento em maricultura no Brasil.
 
Segundo ele, este é o "primeiro empreendimento norueguês e brasileiro para a maricultura". Sem dar muitos detalhes, o responsável disse que está adaptando tecnologias bem-sucedidas no cultivo de salmão na Noruega para espécies onde o Brasil pode construir benchmark, como a garoupa. "Estamos iniciando uma cooperação próxima para fazendas marinhas com a Redemar Alevinos", referindo-se à empresa pioneira de formas jovens de peixes marinhos, como a garoupa e o bijupirá, sediada em Ilhabela (SP).
 
Projetos em andamento
Uma primeira colaboração firmada em janeiro deste ano entre o Grupo Ambar Amaral e a norueguesa PE Bjørdal AS marcou o início da parceria entre os dois países segundo a modalidade de contrato IRD proposto pela Innovation Norway.
 
A Ambar Amaral entrou como empresa demandante para solicitar o desenvolvimento de uma máquina para filetagem automática de tilápia. Conforme essa modalidade, a empresa é responsável por 20% dos custos, enquanto a norueguesa responde por 80%, conforme explica Renata Prado, gerente de projetos para a América do Sul da Innovation Norway - que cobre até 45% do custo do projeto da empresa norueguesa. 
 
Outro projeto mencionado foi a parceria entre a Piscicultura Cristalina, de Fartura (SP), com a Unesp e a Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (NTNU) para avaliar a qualidade nutricional da tilápia e os impactos do manejo. Segundo Guilherme Nakata, da Cristalina,  as amostras enviadas do Brasil foram comparadas com tilápia da China e do Vietnã, além do panga e salmão.
 
"O salmão norueguês tem valores nutricionais excelentes, assim como a tilápia, e são complementares. Não precisamos nos ver como competidores. Para uma dieta equilibrada, você pode comer salmão e tilápia", disse. Nakata lamentou ainda que o projeto tenha sido interrompido e afirmou estar em busca de parceiros para dar continuidade. 
 
Confira a cobertura completa do III Encontro Noruega Brasil de Aquicultura na edição #32 da Seafood Brasil que circulará em meados de dezembro.

Crédito da foto: Divulgação/PeixeBR

bacalhau, Innovation Norway, Noruega, salmão, Seafood From Norway, tambaqui, tilápia

 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3