Os desafios do salmão para se manter consolidado no varejo brasileiro
Varejo

Os desafios do salmão para se manter consolidado no varejo brasileiro

Quais as estratégias das empresas do setor pera superar as mudanças do segmento, manter as vendas e atrair os consumidores para o salmão

10 de outubro de 2025

arroba publicidade
Participe agora do grupo da Seafood Brasil no WhatsApp e receba as principais notícias do setor de pescado. Clique aqui e junte-se a nós!
 

É muito difícil a gente ir ao supermercado e não identificar logo de cara um salmão. E o motivo de isso acontecer é porque as espécies e suas características únicas já têm presença consolidada nas gôndolas brasileiras. Neste novo ciclo do salmão, o protagonismo do pescado, especialmente no canal varejista, segue firme, mas precisa ser constantemente reforçado diante de um cenário competitivo, com mudanças no comportamento do consumidor e uma oferta cada vez mais diversificada.

A entrada de novos fornecedores e o crescimento de formatos de maior valor agregado são algumas das transformações que o setor enfrenta. Se antes o salmão chileno reinava absoluto, hoje, o consumidor tem à disposição cortes de origens distintas, com características e posicionamentos variados. 

A Frescatto foi uma das pioneiras na importação de salmão chileno nos anos 1990. “Desde então, o salmão se consolidou como uma das proteínas mais valorizadas no País”, diz Rafael Barata, diretor de comércio exterior da empresa. Atualmente, a aposta é em um portfólio que inclui o produto do Chile e o selvagem do Alasca. A proposta, segundo ele, é oferecer “uma experiência mais diversificada e alinhada às tendências globais de consumo.”

Outra empresa que observa as mudanças é a Frumar. A companhia acredita que o crescimento da demanda abre novas oportunidades tanto para o varejo quanto para o food service, onde a diversificação é parte do valor. “Buscamos sempre colocar o cliente no centro das decisões”, diz o CEO, Eder Krummenauer. A empresa também trabalha com salmão do Chile e o selvagem do Alasca.

Nesse contexto, até empresas tradicionalmente ligadas a outras espécies veem no salmão uma nova oportunidade de atuação. É o caso da Brazilian Fish, que acaba de estrear na categoria com filés porcionados congelados. “Salmão também é consolidado no mercado brasileiro, e aliado à marca forte que já temos na tilápia, vamos potencializar a venda”, projeta Christian Becker, diretor comercial da empresa.

 

Retorno norueguês 

A reabertura do mercado brasileiro ao pescado de cultivo norueguês, anunciada em setembro de 2024, marca um novo capítulo na disputa por espaço nas gôndolas e no cardápio do consumidor. 

Randi Bolstad, diretora Brasil do Conselho Norueguês da Pesca informa que a retomada contempla não apenas o salmão, mas outras espécies e formas de apresentação da aquicultura norueguesa, como peixes inteiros e eviscerados, filés frescos e defumados. “A categoria ‘peixe de cultivo’ foi a que conquistou o acesso, e o primeiro produto relevante dentro dela é, naturalmente, o salmão”, explica.

A primeira operação foi realizada neste ano pela Casa Santa Luzia, empório paulistano que já havia trabalhado com o produto. “Nosso objetivo era claro: sermos os primeiros a reintroduzir o salmão norueguês defumado no mercado brasileiro após anos de ausência”, conta Anderson Santos, gerente de importação do estabelecimento. 

Conforme ele, durante o período em que esses produtos estavam ausentes das prateleiras, muitos clientes migraram para alternativas disponíveis. No entanto, com a reintrodução, a fidelidade começa a se restabelecer de forma gradual. “Já nesse início, o produto vem apresentando bom desempenho de vendas, sinalizando uma receptividade positiva do mercado. Com a continuidade das ações promocionais e o fortalecimento da comunicação, a expectativa é de que ele consolide ainda mais sua posição e alcance todo o seu potencial”, diz.
 
Para o gerente de importação da Casa Santa Luzia, o mercado de salmão no Brasil tende a continuar em expansão nos próximos anos, impulsionado por fatores como a crescente busca por alimentação saudável, o aumento da renda média em determinados segmentos da população e a valorização de produtos com origem e qualidade reconhecidas. “O consumidor brasileiro está cada vez mais informado e exigente. Já não basta oferecer apenas um produto — é preciso entregar uma experiência completa, que envolva qualidade, transparência na cadeia produtiva, sustentabilidade e, claro, sabor. Nesse contexto, o varejo precisa estar atento não apenas à origem e à qualidade do salmão que oferece, mas também à forma como ele é comunicado ao consumidor”.
 
Este texto faz é a Parte 04 da seção "Capa" da Seafood Brasil #59. Para ler esta e outras matérias desta edição na íntegraclique aqui.
Quer ficar por dentro dessas e outras notícias do universo do pescado? Acesse nossa seção de notícias e também não deixe de seguir os perfis das Seafood Brasil no Instagramno Facebook e no YouTube!


Créditos imagens: Canva

59, Brazilian Fish, Capa, Frescatto, Frumar, salmão, seafood brasil, varejo

 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3