Pesca: Qual é o lugar do pequenos?
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Pesca: Qual é o lugar do pequenos?

Reportagem compilou casos que dão voz a pequenos e médios à margem dos arranjos produtivos de grandes conglomerados empresariais

12 de janeiro de 2022

O ritmo de ascensão do consumo e produção de pescado é vertiginoso. Entre 1986 a 2018, a aquicultura e a captura saíram de 101,8 milhões de toneladas em todo o mundo para 178,5 milhões de toneladas produzidas, das quais 156,4 toneladas foram para consumo humano, segundo os dados do mais recente State of The World Fisheries and Aquaculture 2020 (FAO/ ONU). O consumo global cresceu a uma taxa de 3,1% ao ano desde 1961, o dobro do crescimento populacional.
 
No meio de tanta estatística, porém, podemos perder de vista que todo este volume é capturado ou despescado por de 100 milhões de pessoas, das quais grande parte exerce uma atividade de pequena escala. Essa fatia econômica - que chega a 90% no caso da pesca em países em desenvolvimento - gera mais empregos coletivamente que armadores ou aquicultores em regime industrial, muitas vezes com volumes similares. 
 
Segundo a FAO/ONU, isso fica ainda mais flagrante no caso da pesca: enquanto a pesca industrial emprega 200 pessoas para cada 1.000 toneladas capturadas, pescadores artesanais empregam 2.400 pessoas para o mesmo volume.
 
A produção em pequena escala, no entanto, deixa de fazer parte das estatísticas do fluxo global de pescado, que gera US$ 170 bilhões anualmente. A própria FAO/ONU estima que de 90% a 95% dessa produção é consumida localmente, mas não há uma pesquisa mundial que o comprove.
 
Assim como suas estatísticas, esse setor se torna invisível aos olhos da própria cadeia de produção e de consumo por uma complexa teia de dificuldades que passam por: formalização, aspectos sanitários, gestão de recursos naturais, dificuldade de acesso a mercados, questões de gênero, entre outras.
 
Para atrair visibilidade ao tema, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2022 como o Ano Internacional da Pesca Artesanal e da Aquicultura (IYAFA 2022). A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) adotou a visão de um mundo no qual os pescadores artesanais, piscicultores e demais trabalhadores da pesca sejam totalmente reconhecidos e capacitados para prosseguir com suas contribuições para o bem estar  humano, sistemas alimentares saudáveis e erradicação da pobreza por meio do uso responsável e sustentável dos recursos pesqueiros e da aquicultura.
 
A reportagem compilou nesta matéria alguns casos que dão voz a pequenos e médios à margem dos arranjos produtivos de grandes conglomerados empresariais. 
 
Veja a matéria completa na Seafood Brasil #41 que pode ser lida aqui.
 
Créditos: Canva

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