Pesquisadores defendem aquicultura para combater mudanças climáticas
Estudo destaca potencial da criação de peixes e crustáceos para combater o desmatamento
03 de julho de 2025
A realização da COP-30, em novembro de 2025, em Belém, colocará a Amazônia no centro das discussões globais sobre o clima. E, justamente antecipando esse evento, pesquisadores destacam o papel estratégico da aquicultura – criação comercial de peixes e crustáceos – como ferramenta para aliar preservação ambiental e produção sustentável de alimentos na maior floresta tropical do mundo.
Recentemente, um artigo científico publicado na revista Nature Sustainability aponta que a aquicultura pode gerar a mesma quantidade de proteína animal que a pecuária utilizando apenas 2% da área atualmente destinada à criação de gado. O estudo reúne 29 especialistas de instituições renomadas no Brasil e no exterior, incluindo a Unesp, UFJF, UFRO, INPA e INPE, além de universidades como Cornell e Indiana University, nos EUA. Leia o artigo na íntegra clicando aqui.
Benefícios e impactos positivosA expansão da aquicultura na Amazônia é vista como uma alternativa promissora para reduzir o desmatamento, diminuir as emissões de gases de efeito estufa e preservar a biodiversidade local. Segundo o pesquisador Felipe S. Pacheco, da Cornell University, a atividade oferece uma forma mais sustentável de produção de proteína animal, especialmente em comparação à pecuária, principal responsável pelo desmatamento e emissões de carbono na região.
Embora a aquicultura também gere emissões, elas são significativamente menores, chegando a ser até dez vezes inferiores às da pecuária. Além disso, sua alta produtividade em espaços reduzidos pode contribuir para suprir a crescente demanda global por alimentos, gerando impactos ambientais e socioeconômicos positivos para a região.
Contexto global e regionalO artigo também chama a atenção para o papel da Amazônia como fornecedor de alimentos aquáticos em um cenário onde a pesca extrativa já foi superada pela aquicultura em termos de produção global. Para os pesquisadores, a implementação de práticas sustentáveis pode transformar a região em um modelo de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
Com a proximidade da COP-30, a adoção de iniciativas como essa pode colocar a aquicultura no centro dos debates, reforçando seu potencial para ajudar a combater as mudanças climáticas e promover a recuperação da floresta.
Créditos imagens: Canva
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