Resultados em meio as adversidades
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Resultados em meio as adversidades

Embrapa Pesca e Aquicultura direcionou esforços para entender e analisar os principais impactos causados pela pandemia

05 de dezembro de 2022

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Por: Danielle de Bem Luiz, chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura
 
A crise mundial decorrente do surto da Covid-19 influenciou o funcionamento de praticamente todos os setores da economia, incluindo o aquícola. Dentro deste contexto, a Embrapa Pesca e Aquicultura direcionou esforços para entender e analisar os principais impactos causados pela pandemia.
 
No estudo “Efeitos do isolamento social durante a pandemia de Covid-19 na comercialização e no consumo de pescado no Brasil”, os principais resultados apontados pelos consumidores foram: aumento no preço do pescado (40,3%); redução no consumo (26,9%); preferência de compra em hipermercados (29,9%); e por produtos congelados (27,4%).
 
A pandemia da Covid-19 chegou em um momento em que o consumo de pescado estava aquecido, com aumento da piscicultura em 4,9% em 2019. Mas não prejudicou esta linha ascendente do cultivo de peixes. Afinal, houve aumentos de 5,9% em 2020 e de 4,7% em 2021, conforme dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).
 
Isto evidencia que, mesmo em um período pandêmico, influenciado pela redução de renda da população brasileira e inflação no preço dos insumos da cadeia, a piscicultura vem se destacando. Por isso, a importância no investimento de ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nesta área.
 
Dentre as ações de PD&I em inteligência estratégica, o centro elaborou uma nota técnica sobre os impactos econômicos da isenção de impostos federais sobre a produção de rações da piscicultura para subsidiar a futura elaboração de políticas públicas. No entanto, constatou-se que a desoneração do Pis/Cofins beneficiaria a competitividade do pescado da piscicultura no mercado nacional e internacional, tendo em vista a redução do preço do insumo de maior peso no custo de produção.
 
Com efeito, em um cenário de redução de 6,5% no custo da ração para o piscicultor, a estimativa é de uma queda de 4,4% no preço de venda do peixe de cultivo, aumentando a demanda do consumidor final em torno de 2,3%. Isso resultaria num acréscimo de 2,4% na produção nacional da piscicultura. 
 
Outro importante resultado obtido foi a respeito dos indicadores zootécnicos e econômicos da produção de tilápias em tanques-rede no Lago de Palmas-TO, que mostraram viabilidade técnica e econômica. O primeiro estudo realizado após a liberação da tilapicultura no Tocantins revelou que a atividade tem grande potencial de crescimento por meio da intensificação e do escalonamento da produção, incrementando a renda do produtor, além de propiciar a atração de investidores para a região.
 
Dentre os ativos tecnológicos gerados, destaca-se o teste de sexagem de peixes nativos em parceria com a Embrapa Amazônia
Ocidental, de Manaus (AM). Ele é um serviço para a identificação do sexo de tambaquis e pirarucus em qualquer fase de desenvolvimento, especialmente aqueles sem caracteres sexuais aparentes. A sua principal aplicação é para o manejo de animais pré-púberes para programas de melhoramento genético, geração de lotes monosexo e planejamento da reprodução da espécie.
 
O artigo completo de Danielle está disponível no 8º Anuário Seafood Brasil de Produtos, Serviços e Conteúdo, que pode ser lido gratuitamente clicando aqui.
 
Créditos: Divulgação
 

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