SC libera financiamento a maricultores atingidos pela “Maré Vermelha”

Através da Secretaria de Estado da Aquicultura e Pesca (SAQ), o governo de Santa Catarina anunciou, de forma inédita, a liberação de uma linha de financiamento emergencial para os maricultores que foram impactados pela “Maré Vermelha”, fenômeno natural que atingiu de forma negativa a produção de moluscos do ano de 2024.

De acordo com o governo do Estado, com a medida, a ideia é oferecer um suporte financeiro instantâneo da SAQ a todos os produtores afetados. Assim, é possível garantir a manutenção das atividades para que assim, seja estabelecida a recuperação de eventuais prejuízos.

Disponibilizada por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), a linha de crédito vai oferecer condições especiais como prazos estendidos para pagamentos, bem como taxas reduzidas de juros para que os produtores tenham tranquilidade para enfrentar as vindouras dificuldades após a interdição das áreas de cultivo.

“Vamos disponibilizar o valor de até R$ 40 mil para cada maricultor afetado pela Maré Vermelha com prazo de pagamento do financiamento em até 18 meses, sem juros e com carência de 6 meses. Além disso, se pagar até a data do vencimento, o maricultor recebe 20% de desconto na parcela. Somos o maior produtor nacional de moluscos e esse apoio garante a manutenção da atividade e consequentemente o abastecimento desse produto no Brasil”, explica Tiago Bolan Frigo, secretário de Estado da Aquicultura e Pesca.   

O maricultor que precisar do financiamento emergencial, é só procurar o escritório da Eparig em seu município. Lá, ele vai poder obter todas as informações, bem como a documentação que ele precisa para dar entrada no financiamento.

Mas afinal, o que é a “Maré Vermelha”?

Causada pelo aumento excessivo de microalgas que podem liberar toxinas, a chamada “Maré Vermelha” acaba tornando os moluscos das regiões afetadas impróprios para serem consumidos. Como esse fenômeno se intensificou nos últimos meses nas regiões costeiras de Santa Catarina, a áreas de consumo foram interditadas, causando a suspensão do comércio dos moluscos afetados, o que motivou a criação de um programa que minimizasse os impactos da “Maré Vermelha” nos produtores.     
 

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Créditos imagem: Seafood Brasil